Projeto foi desenvolvido com o apoio da Comunitas e tem o objetivo de se tornar referência para os jovens do município
Quando se fala em setores da economia, em especial os setores com maior crescimento, a maioria das pessoas logo relaciona com a construção civil e a agropecuária. Embora esses setores sejam, de fato, grandes responsáveis pelo PIB brasileiro, ainda existe um setor da economia pouco explorado, mas que pode apresentar um índice tão expressivo no crescimento econômico brasileiro quanto os já mencionados, que é a economia criativa.
A indústria criativa engloba cinco setores que envolvem as atividades ligadas às artes, à comunicação, à criação de novas mídias (como jogos, por exemplo), aos serviços criativos e à criação audiovisual. Segundo estudo disponibilizado pelo BNDES, a taxa de crescimento anual composta para os segmentos brasileiros é de 4,6% no período de 2016 – 2021, enquanto no resto do mundo, esse número é de 4,2%, o que indica o potencial criativo do Brasil e como a criatividade, embora subjetiva, consegue gerar produtos, bens ou serviços que têm valor cultural, econômico e social.
De olho no futuro da economia nacional, a Prefeitura de Paraty (RJ), através da Secretaria de Cultura e da Coordenadoria de Juventude da cidade, deu início às obras do Cefec (Centro de Formação e Economia Criativa (Cefec). De acordo com o prefeito Luciano Vidal, a obra é importante não apenas para os jovens, mas também para os adultos que queiram se qualificar profissionalmente na cidade. “Os recursos (da obra) já estão garantidos, através de um convênio com o Banco do Brasil. O dinheiro já está na conta, na ordem de R$ 4.6 milhões”.
O projeto do Cefec tem a contribuição da Comunitas, que apoiou a realização de uma oficina de cocriação do espaço, através da Agência Tellus com jovens de Paraty, bem como no desenho do projeto arquitetônico, com o apoio do escritório Marco Gama. A ideia é que o Centro se torne uma referência para os jovens do município carioca e abrigue, também, atividades direcionadas à economia criativa voltadas, em especial, para o setor de gastronomia – fortalecendo assim a candidatura de Paraty como “cidade de economia criativa”, reconhecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), além de buscar o título de patrimônio mundial pela cultura e biodiversidade, pois a prefeitura também vai realizar um trabalho muito importante para a difusão desse mesmo patrimônio.
Para o secretário de Cultura de Paraty, José Sérgio Barros, o Cefec será responsável pela retomada de perspectiva dos jovens da cidade, além de ser muito importante para o desenvolvimento econômico local através da economia criativa. “Mas, o mais importante, é que as portas desse importante equipamento público representam a abertura de oportunidades de uma realidade próspera de nossa população, através da formação e qualificação profissional. O povo pediu, elaborou, está construindo e irá desfrutar muito desse sonho que se tornará realidade em breve”.
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