Com apoio da Comunitas, seminário teve objetivo de dar visibilidade a artigos acadêmicos e a estudos de caso que sistematizassem conhecimentos e melhores práticas na administração pública.
Demonstrar boas práticas na gestão pública e debater caminhos para aplicar inovação no setor: esse foi o objetivo do III Seminário de Inovação em Gestão Pública, realizado na última sexta-feira (09), pela Columbia Global Centers | Rio de Janeiro (braço latino americano da Universidade de Columbia, uma das mais renomadas do mundo) – com apoio da Comunitas.
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Fotos: Centro Ruth Cardoso
“Esse não é mais um evento, é mais um passo nessa parceria. Que a Comunitas e a Universidade de Columbia continuem sempre juntos apoiando o desenvolvimento do Brasil”, disse a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves, durante abertura do seminário.
Para apresentação principal, o evento convidou Alexis Wichowski, professora de Columbia e secretária de Imprensa e consultora sênior de Comunicações no Departamento de Serviços de Veteranos de Nova Iorque. A especialista abordou os motivos da tecnologia, por si só, não ser a salvação dos governos. Alexis defende que deve ser realizada uma abordagem centrada no ser humano na formulação de políticas, usando a tecnologia como instrumento.
Gestão pública em debate
Durante todo o dia, três rodas de apresentação e debate abordaram assuntos como inovação e desburocratização. Gênero também teve destaque nos temas abordados, com intuito de fortalecer a rede do programa Columbia Women’s Leadership Network in Brazil, iniciativa pioneira da Global Center RJ, que seleciona anualmente grupos de até 20 profissionais de nível médio-sênior com o objetivo de desenvolver uma crescente rede de mulheres que contribuirão para a transformação do serviço público no Brasil.
Para Bruna Santos, diretora de Conhecimento e Inovação da Comunitas, no setor público muitas vezes chama-se de inovação um jeito diferente (na maioria dos casos, “digital”) de fazer o que sempre se fez. “Algumas estratégias de digitalização mostram isso: em alguns casos criam-se burocracias digitais que replicam os processos disfuncionais do mundo físico. Não faz sentido. Acho que a capacidade imaginativa humana e dos grupos é infinita, limitamos a inovação ao colocarmos ela na caixinha do digital, do “descolado” e perdemos potencial”, explica.
Confira alguns trabalhos apresentados:
Equidade de gênero na ANCINE
Criado em 2005, o programa Pró-Equidade de Gênero da Agência Nacional do Cinema (ANCINE) é promovido pela Secretaria Especial de Política para as Mulheres (SPM), em parceria com o Fundo de Desenvolvimento das Nações Unidas para a Mulher (UNIFEM) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Ele é baseado em três pilares centrais: promoção da cidadania e combate à discriminação; compromisso com a igualdade gênero e raça; e difusão de práticas.
Desburocratização gaúcha
Da gaúcha Novo Hamburgo, veio a experiência da Sala do Empreendedor, iniciativa nacional do Sebrae que incentiva a legalização de negócios informais. Com o lançamento da Sala na cidade, somada a criação da Redesimples (que agilizou o processo de abertura e encerramento de empresas), os dias necessários para a emissão de um alvará caiu de 480 para apenas 07.
Liderança feminina
Em São Gonçalo (RJ), o projeto “Lidera Mulher” tem como objetivo incentivar o avanço profissional das mulheres, fornecendo-as um meio de organização, apoio para a formação de liderança executiva e promoção de seus próprios negócios.
Participação dos cidadãos curitibanos
O programa Fala Curitiba, desenvolvido pelo Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) é embasado em princípios de governo aberto e com foco em metodologias inovadoras, o programa permite que mais pessoas participem e que todas, absolutamente todas, tenham a possibilidade de ser ouvidas. De outro lado, busca oferecer conscientização e educação cívicas, com transparência e ofertando informações precisas sobre possibilidade, dificuldades e inviabilidades.
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