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Com participação da Comunitas, grupo se estrutura para debater produção de dados e informações do campo do ISP e sociedade civil

Com a premissa de reunir organizações de referência relacionadas à produção de dados e informações sobre o campo do Investimento Social Privado (ISP) e da sociedade civil para estimular um ambiente de troca, articulação e cooperação que possibilite uma atuação como setor, um grupo de organizações formou em 2018, por estímulo do GIFE, o “Grupo de Conhecimento no ISP”.

Com alguns encontros estratégicos realizados no ano passado, a iniciativa ganha força em 2019. O objetivo geral do grupo é contribuir para o fortalecimento da infraestrutura de investimento social privado no país por meio do aprimoramento e aumento da capacidade de produção de conhecimento sobre o campo.

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Dentro das possibilidades e projetos específicos das organizações participantes, levanta-se um leque de ações com a participação de diferentes atores: ABCR, Comunitas; Fundação Getulio Vargas (FGV); GIFE; Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS);  Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA); Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Rede de Filantropia para a Justiça Social e Wings.

Sendo assim, são dois os desdobramentos do Grupo de Conhecimento. De um lado estão as ações concretas e/ou mais imediatas, a partir do trabalho em temas e projetos já existentes. Entre as possibilidades estão a troca de dados e informações, a retomada do catálogo de pesquisas sobre o campo e elaboração conjunta de um Boletim de Análise Político Institucional (BAPI) – modelo de publicação do IPEA – para configurar um panorama geral sobre as pesquisas da área. Do outro lado, está o preenchimento de lacunas e a criação de uma nova agenda do grupo.

“A participação da Comunitas nesse grupo é importante, pois o objetivo do BISC não é apenas produzir dados estatísticos, mas, também, inserir novos temas no debate, orientar o desenho de boas práticas sociais e consolidar padrões de desempenho que estimulem a multiplicação dessas práticas”, explica a diretora de Gestão e Comunicação da Comunitas, Patricia Loyola.

Encontros

O primeiro encontro, realizado em junho de 2018, serviu para que algumas diretrizes fossem definidas. Sistematizar o conhecimento difuso sobre o campo e elaborar projetos conjuntos são algumas possibilidades, assim como o fortalecimento de instituições de produção de conhecimento, consolidação de bases de dados compartilhadas e apoio para nutrir esforços de bases de dados públicas.

Entre os temas centrais para o grupo estão aqueles relacionados a repasse voluntário de recursos privados para fins públicos. Por isso, nas lacunas e demandas relacionadas à produção de conhecimento, foram levantadas questões que podem ser melhor exploradas, como dados sobre pequenas e médias organizações, a necessidade do fortalecimento do grantmaking no Brasil, maior conhecimento sobre a heterogeneidade das organizações da sociedade civil (OSCs), alcançar maior compreensão sobre investidores sociais e doadores, entre outros temas.

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Em um segundo encontro, foram definidos dois grandes destaques. Um deles é a necessidade de mobilização e atuação conjunta para que o grupo atinja bem os seus objetivos. Uma das possibilidades é o compartilhamento de informações, que permite um trabalho mais integrado e articulado. O outro é o movimento de pensar em temas e formas de atuação que unam todas as organizações para além dos interesses de cada instituição.

O terceiro encontro do grupo serviu para que os participantes levantassem possíveis consequências da atual conjuntura política do país para o setor e qual seria o papel da produção de conhecimento nesse contexto em que reforçar a importância e a função social das organizações da sociedade civil ganha um novo destaque. Debateu-se a necessidade de encontrar novas narrativas e estratégias de comunicação para garantir a produção, a transparência e a publicização das informações do setor.

Além disso, as principais pesquisas e trabalhos de produção de conhecimento dos membros do grupo foram apresentadas no sentido de compartilhar conhecimento, buscar sinergias e identificar lacunas. Foram apresentadas: Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), da Comunitas; Censo GIFE, As Fundações Privadas e Associações sem Fins Lucrativos (FASFIL) do IBGE;  Programa Academia do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE); pesquisas do Projeto Sustentabilidade Econômica das OSCs e demais linhas de atuação da Coordenadoria  de Pesquisa Jurídica Aplicada da FGV Direito SP; projeto de Pesquisa sobre Grantmaking da Rede de Filantropia para a Justiça Social; Censo ABCR e pesquisas sobre o Dia de Doar (Giving Tuesday), da ABCR, Perfil das Organizações da Sociedade Civil no Brasil, do IPEA e pesquisas sobre doação, do IDIS (World Giving Index 2017; Pesquisa Doação Brasil 2015 e Country Giving Report 2017– Brasil).

 

Com informações do Gife.

 


 

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