Momento objetiva o aprofundamento das análises da pesquisa BISC, intercâmbio de experiências entre a rede e subsídio para o aprimoramento das práticas sociais
A Comunitas realizou, ontem (30), mais um Grupo de Debates da Rede Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), encontro que reúne executivos sociais das empresas e institutos e fundações empresariais parceiros, visando fortalecer o intercâmbio de experiências em busca do aprimoramento das práticas sociais.
“Sabemos de todos os desafios que este ano trouxe e do esforço das empresas para enfrentá-los. Inclusive, para auxiliar na gestão dos investimentos sociais pós-pandemia, o tema central da pesquisa BISC mudou, e contemplará os impactos provocados pela Covid-19 na área social, para que tiremos aprendizados desse cenário”, explicou a diretora de Gestão e Investimento Social Corporativo da Comunitas, Patricia Loyola.
Durante o encontro, foram apresentados os primeiros resultados da pesquisa BISC 2020, como, por exemplo, a evolução dos investimentos sociais; a questão dos incentivos fiscais; o perfil da atuação da rede BISC; voluntariado corporativo; e o apoio às organizações sem fins lucrativos. O relatório completo tem previsão de lançamento para o final do ano.
Ainda durante a reunião, a Rede BISC debateu o atual momento dos investimentos sociais, os impactos sofridos durante a pandemia, as lições apreendidas, além de perspectivas futuras acerca da área e deste novo contexto do Investimento Social.
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Dentre outros tópicos, a Rede BISC trouxe a pauta da constituição de um legado social por parte do setor privado. Para alguns executivos, as ações emergenciais realizadas pelas empresas, institutos e fundações durante a pandemia precisam de visão de médio e longo prazo, garantindo uma herança permanente. Os participantes também defenderam mais comunicação e contato com a sociedade para fortalecer a cultura de doação.
Para a coordenadora da pesquisa, Prof.ª Anna Peliano, é possível associar pautas emergenciais com ações mais perenes. A especialista ainda apresentou recomendações extraídas da experiência da Rede BISC no enfrentamento da COVID-19, à exemplo da instalação de uma boa estrutura de governança – como comitês gestores com alta capacidade de decisão; o aproveitamento da expertise da empresa, sem ater-se às regras e modelos anteriormente adotados; e o desenvolvimento de atividades que vão ao encontro das prioridades da empresa e associadas aos negócios. “É certo que o impacto acontecerá, então precisamos nos antecipar para tentar visualizá-lo e mitigarmos externalidade negativas”, acredita a especialista.
Participaram do encontro representantes das áreas sociais das empresas Anglo American Brasil, BRK Ambiental, Instituto CCR, Gerdau, Itaú Unibanco, Instituto Neoenergia, Santander, Fundação Telefônica Vivo, Vale e Fundação Vale e Instituto Votorantim.
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