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“É preciso mostrar que é uma visão de cidade, não de cofre”, explica especialista durante mentoria em comunicação para Jornada Reforma Administrativa

A Comunitas realizou ontem (08) uma mentoria especial sobre comunicação e negociação para as equipes de governo participantes da Jornada Reforma Administrativa e Gestão de Pessoas.

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O encontro foi liderado por Fábio Bernardi, especialista em comunicação pública e responsável pela estratégia de comunicação e articulação da Reforma Administrativa do Rio Grande do Sul, com o objetivo de compartilhar conhecimento e apontar caminhos para a interlocução e negociação mais eficiente entre governos e os atores envolvidos em um processo de modernização administrativa.

Segundo o profissional, a comunicação não é uma etapa posterior, acionada no final da reforma, mas sim inicial, sendo importante que a equipe de comunicação seja envolvida desde o princípio do desenvolvimento do projeto. “Há muitas nuances durante a construção do plano e a comunicação não consegue captar se participar do processo no final. Se não construímos a narrativa desde o começo, vamos sofrer com as diferentes narrativas criadas pelas partes não interessadas no projeto”, disse Fábio.

Para Fábio, também é essencial tornar a comunicação mais emotiva e próxima dos atores relacionados à reforma. “Se não ‘emocionalizarmos’ as pessoas, não conseguiremos fazer com que o juízo de valor mude. A informação não muda a opinião, o que muda é a emoção. Não é sobre o que o governo fala que faz, mas sobre o que acredita – o “quê” das coisas, não o porquê”, explicou.

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Ainda durante o encontro, o especialista elencou 10 passos para tornar a comunicação e negociação de um processo de modernização administrava mais eficiente. Entre eles, estava construir um conceito unificador da narrativa, que está em todos os depoimentos da equipe de governo acerca do tema; organizar uma timeline estratégica, do início ao final, com foco no diálogo e alinhamento com as partes interessadas; campanhas que direcionem para locais que expliquem detalhadamente os processos e motivações do projeto; e uso de mídias digitais para monitoramento e acompanhamento das opiniões sobre o tema.

“É importante demonstrar a implementação de um projeto de modernização administrativa é uma visão de cidade, não de cofre da prefeitura”, declarou.

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