por Dayane Reis*
Nada. E bastante coisa. Na verdade, a gente continua criando estratégias e mobilizando pessoas para buscar a almejada transformação na gestão pública e na sociedade. Porém, se antes esse trabalho era feito por diferentes projetos e áreas da Comunitas, a quarentena/home office nos forçou a ver de maneira diferente a horizontalidade dessas ações.
A narrativa inicial era simples: A Comunitas teve início em 2000 apoiando no desenvolvimento do investimento social corporativo; depois criamos a Pesquisa BISC, em 2007, materializando anualmente um estudo acerca do campo do investimento social; com os dados em mãos, em 2012, durante nosso encontro anual de lideranças, provocou-se a demanda de fortalecimento e sustentabilidade desse investimento.
A questão era: onde investir os recursos para que dê, de fato, retorno à sociedade?
A resposta foi simples: na gestão pública.
Partiu-se então para a criação de programas com foco na melhoria da gestão, em áreas de maior necessidade, como Finanças, Saúde e Educação.
E a Comunitas cresceu. Primeiro a atuação foi direta em cidades de médio porte; depois passou a atuar também em grandes capitais: São Paulo, Salvador, Porto Alegre e Curitiba.
No ciclo seguinte foi a vez dos Estados: Pará, São Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Goiás.
As ações foram cada vez mais trazendo novos resultados para a gestão brasileira. Nesse momento, mais de 100 milhões de habitantes são potencialmente impactos pelas ações desenvolvidas por meio de parcerias entre a Comunitas, a gestão pública e a iniciativa privada – tanto local, quanto nacional.
Foi quando a Comunitas decidiu criar um Hub de Inovação com foco no desenvolvimento da capacidade de lideranças públicas em inovar, bem como em resolver problemas que já tinham sido testados nos próprios projetos in loco.
E veio a pandemia.
A Covid-19 não somente tirou toda a equipe do escritório, como fez a gestão e a governança da Comunitas entender que todo mundo ali era uma fruta essencial para essa grande vitamina. Cada projeto, cada resultado, cada olhar, caminhava na mesma direção. Não fazia mais sentido a gente ter tantos programas: BISC, Programa Juntos, Encontro de Líderes, Hub, Plataforma e etc. E se jogássemos todos eles no liquidificados, batesse por 2 minutos, o que teríamos?
O nosso reinício.
Uma organização social, Think and Do tank, que atua na melhoria da gestão pública e dos investimentos sociais corporativos, por meio de quatro eixos de atuação: DO, TEACH, CONNECT & INSPIRE e THINK.
FAZER: Oferecer apoio técnico a Estados e municípios para resolução de problemas reais e desenvolvimento de soluções inovadoras. Isso acontece, atualmente, em diferentes territórios:
Estados
• São Paulo
• Minas Gerais,
• Rio Grande do Sul
• Goiás
• Pará
Cidades
• Araguaína (TO)
• Campinas (SP)
• Caruaru (PE)
• Curitiba (PR)
• Juiz de Fora (MG)
• Paraty (RJ)
• Pelotas (RS)
• Petrolina (PE)
• Porto Alegre (RS)
• Salvador (BA)
• Santos (SP)
• São Paulo (SP)
• Teresina (PI)
Municípios em Rede no Tocantins
• Taguatinga
• Palmeirópolis
• São Salvador
• Gurupi
• Porto Nacional
• Guaraí
• Miranorte
• Paraíso
• Colinas
ENSINAR: transformar pessoas para mudar o setor público: capacitar gestores públicos em novas soluções, ferramentas, competências e habilidades.
CONECTAR E INSPIRAR: criar espaços qualificados de diálogo e troca, além de disponibilizar conhecimento para estimular gestores públicos a terem ideias que resultem em melhorias em suas administrações e territórios.
PENSAR: construir e compartilhar conhecimento de ponta para influenciar o presente e futuro das políticas e orientar a tomada de decisão por gestores públicos.
Temos clareza de que a ampliação da capacidade estatal se tornou ainda mais importante com a pandemia instalada mundialmente. Por meio de quatro eixos e dezenas de projetos, seguimos com nossa missão, buscando fortalecer o apoio a essa transformação.
*Dayane Reis é diretora de Conhecimento e Comunicação da Comunitas.
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