Lideranças dos setores público e privado participam de uma formação exclusiva focada em economia verde e soluções sustentáveis para os desafios do século XXI

Crédito da Imagem: Bira Cosme
Hoje (10), a Comunitas deu início à 3ª edição do programa de formação internacional voltado para lideranças dos setores público e privado. A iniciativa, que, neste ano, foca em economia verde, foi desenhada em parceria com a Leadership Academy Development (LAD), e é realizada na prestigiada Universidade de Stanford.
A formação, que conta com a participação de 24 gestores públicos e CEOs, de 5 regiões do país, tem como objetivo capacitar lideranças públicas e empresariais para enfrentar os complexos desafios ambientais, econômicos e sociais da atualidade, proporcionando aos participantes uma visão ampla dos temas abordados.
No primeiro dia do programa, os participantes tiveram aulas como “Resolução de Problemas de Políticas Públicas”, com o cientista político Francis Fukuyama, “Parcerias Público-Privadas”, com o professor e pesquisador Michael Bennon, e “Mudança Climática e Democracia”, com professor e pesquisador sênior Steve Stedman. Além disso, também se aprofundaram no estudo de caso acerca da Parceria Público-Privada do Centro Cívico de Long Beach, com Bennon.
“A combinação entre conhecimento acadêmico de ponta e experiência prática proporciona aos participantes uma visão ampla e integrada dos conteúdos aos quais eles terão acesso, com o objetivo de estimular soluções inovadoras em nosso país”, explicou a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves.
Segundo Eduardo Leite, Governador do Rio Grande do Sul, os debates sobre mudanças climáticas, democracia e resolução de problemas de políticas públicas a partir de casos são bastante importantes. “Sem dúvidas teremos uma semana muito produtiva de estudos por aqui”.
Já o Governador do Pará, Helder Barbalho demonstrou grandes expectativas sobre a formação. “Estamos dialogando, transmitindo conhecimento, recebendo muitas informações e estudando economia verde para cada vez mais implementar em nosso Estado a transição do uso do solo, e compreender que nossa floresta é uma vocação para gerar empregos verdes, economia de baixo carbono, desenvolvimento sustentável, cuidando das pessoas e cuidando do meio ambiente”.
O Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel se mostrou bastante entusiasmado com as trocas. “O ambiente é de inovação e de conhecimento. Eu não tenho dúvidas que vamos levar para o Mato Grosso do Sul uma série de possibilidades”
Resolução de Problemas de Políticas Públicas

Crédito da Imagem: Bira Cosme
Francis Fukuyama defendeu, na aula de abertura do programa internacional, que a resolução de problemas públicos requer uma abordagem sistêmica e flexível. Em sua visão, é importante identificar e compreender os problemas específicos, envolver as partes interessadas, explorar diversas soluções e prototipar para testar a viabilidade.
A implementação de soluções deve ser embasada em análises, levando em consideração as partes interessadas e buscando a confiança do público. Além disso, a avaliação contínua dos resultados, bem como estar aberto a ajustes e soluções alternativas também é fundamental. A hierarquia de poder e a argumentação bem construída também desempenham um papel importante na busca por medidas eficazes.
Para isso, é importante, segundo ele, trabalhar em três etapas distintas: identificação de problemas, desenvolvimento de soluções e implementação. “Definir o escopo do problema significa dimensionar seu tamanho. Você não pode começar a resolver uma situação já pensando na solução. Para qualquer problema específico, existem soluções variadas e é importante ter em mente estudar diversas possibilidades”, explicou Fukuyama.
Parcerias Público-Privadas

Crédito da Imagem: Bira Cosme
A aula do professor Michael Bennon foi dividida em dois momentos diferentes, em que se explorou cases de parcerias público-privadas na resolução de problemas de infraestrutura e desenvolvimento e, na sequência, abordou-se a questão do clima e meio ambiente.
Bennon destacou a importância de compreender os conceitos de infraestrutura, financiamento e governança, além de ter apresentado estudos de casos e projetos relacionados à sustentabilidade e desenvolvimento urbano. Na ocasião, também foram discutidos os desafios enfrentados em projetos de grande escala, bem como a necessidade de avaliação contínua dos resultados.
Também foram abordadas questões relacionadas à captação de recursos, como pedágios e financiamentos internacionais, para apoiar no desenvolvimento de outros projetos de infraestrutura.
Mudança Climática e Democracia
Ao longo da aula, o professor Steve Stedman buscou discutir a relação entre democracia e mudanças climáticas, bem como os desafios e oportunidades que surgem a partir desse contexto. Em sua visão, a democracia, apesar de suas limitações, é mais adequada para lidar com as questões climáticas do que governos autoritários, e a implementação de políticas climáticas eficazes requer um equilíbrio entre preocupações ambientais e econômicas, levando em consideração as particularidades de cada país.
Ele mencionou exemplos de países, como os próprios EUA, e iniciativas que abordam a transição para uma economia mais sustentável, bem como a necessidade de incentivos adequados e financiamento para promover mudanças efetivas.
Stedman também enfatizou a importância de aumentar o círculo de feedback e a participação democrática na busca por soluções para a crise climática. “O aquecimento global pode afetar os países, gerando escassez de recursos e problemas de devastação natural, dificuldade de legitimidade e menor participação política, entre outros. Qual sucesso para mitigar a mudança climática? Aumentar o círculo de feedback”, resumiu ele.
Parceria Público-Privada do Centro Cívico de Long Beach

Crédito da Imagem: Bira Cosme
A última parte da aula do dia dividiu os alunos em quatro grupos diferentes, mesclando líderes públicos e privados para se aprofundar no estudo de caso que trata do Projeto do Centro Cívico de Long Beach.
O projeto visou reabilitar a infraestrutura municipal por meio de uma PPP de US$ 531 milhões, que incluiria uma nova Prefeitura, a sede do Porto de Long Beach e a biblioteca principal, e um Lincoln Park reconstruído, além dos edifícios residenciais e de varejo propostos.
Os participantes puderam conversar e apresentar possibilidades de escalabilidade; além de debaterem sobre diferentes maneiras que a cidade poderia ter aproveitado a captura do valor do terreno para este projeto; o planejamento e a aquisição da cidade.
Quer acompanhar tudo o que vai acontecer nesta edição da formação internacional? Assine a nossa Newsletter agora mesmo e receba todas as novidades em primeira mão!
Sem comentários