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Governo do RS desenvolve modelo de distanciamento controlado com apoio da Comunitas

Estratégia mista, modulada e pactuada pretende equilibrar prioridade à vida com retomada econômica

O Governo do Rio Grande do Sul apresentou, hoje (21), um novo modelo de distanciamento controlado, que permitirá a reabertura econômica do Estado por meio de segmentação regional. A abertura será determinada levando em consideração uma relação entre o número de casos confirmados e a capacidade do sistema de saúde de atender pacientes graves.

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O projeto foi desenvolvido com apoio da Comunitas, e tem como objetivo evitar que os hospitais tenham sobrecarga de atendimento, com cada região tendo o status atual de risco monitorado de forma permanente. De acordo com estudos realizados no Estado, as regiões experimentam diferentes velocidades de transmissão e contam com capacidade de resposta diferenciada. O nível de distanciamento deve ser controlado pela capacidade de resposta da saúde e pelo comportamento da pandemia no território.

“Estamos em um dos momentos mais desafiadores da história do País e a Comunitas, com anos dedicando-se ao fortalecimento da gestão pública, tem expertise para apoiar as decisões tomadas pelo Poder Público, por meio do diálogo entre o setor público, o setor produtivo e científico/acadêmico. Por isso, estamos realizando este trabalho no Rio Grande do Sul, além de Goiás, Pará e Minas Gerais”, explicou a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves.

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A definição das regiões ficará a critério da Secretaria de Planejamento, em conjunto com Secretaria de Saúde do Estado e a análise de criticidade para cada região levará em conta a capacidade de resposta do sistema de saúde e o nível de transmissão, considerando itens como número de UTIs e ventiladores disponíveis, testes na região e disponibilidade de equipamentos de proteção, e, também, taxa de crescimento de novos casos e casos hospitalizados.

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A implementação do modelo, prevista para a partir de maio, tem como base o princípio da racionalidade, levando em consideração que o Rio Grande do Sul agora conta com informações do histórico do comportamento do vírus, possui uma maior base de dados, incluindo pesquisa proprietária e inédita sobre a prevalência do vírus (UFPEL), além de um Sistema de Controle de Leitos em 300 hospitais.

“O vírus não vai embora, o vírus está entre nós, vai ter essa circulação ao longo dos próximos períodos. Nós vamos conviver com esse vírus e, portanto, precisamos do apoio da comunidade e da sociedade para evitarmos esse volume de contágio para além da nossa capacidade hospitalar”, afirmou o governador Eduardo Leite, durante apresentação do modelo.

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Para desenvolvimento do modelo, foram considerados cinco pilares estratégicos: saúde como foco; diálogo e transparência; monitoramento intensivo, com dados e projeções; segmentação regional e setorial; e a criação de protocolos para a população, atividades e setores.

 

 

Crédito da foto da capa: Marco Quintana/JC

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