Prefeitura implantará projeto piloto de escolas comunitárias em Araguaína, com apoio do Juntos


Após visita a duas escolas de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, nos dias 9 e 10, o prefeito de Araguaína, Ronaldo Dimas, implantará um projeto piloto de escola comunitária, pública, gratuita e com gerenciamento particular na cidade. O modelo foi desenvolvido na capital gaúcha em 2018 com resultados positivos nas unidades escolares.

“A experiência que Porto Alegre tem de implantação de escolas em parceria com instituições privadas sem fins lucrativos é extremamente positiva. Isso tem possibilitado a implantação de metodologias inovadoras, com otimização dos recursos públicos e melhoria da qualidade ofertada na educação das crianças”, analisou Dimas.

Tanto a troca de experiência entre as cidades, quanto o desenvolvimento das ações são parte do Programa Juntos, projeto realizado pela Comunitas, com foco na melhoria da gestão pública brasileira. A prefeitura de Araguaína faz parte desde 2019.

Projeto piloto

O prefeito Ronaldo Dimas explicou ainda que a escolha da escola para o projeto piloto será definida após análise de dados e levando em consideração o critério de ser uma unidade localizada em um bairro mais afastado do centro da cidade. “A nossa intenção é levar uma experiência positiva para os que têm mais dificuldade. Queremos nos aproximar da nova modalidade de escolas públicas com gestão privada, adotada há alguns anos nos Estados Unidos, as ‘Charters Schools’”.

Segundo Dimas, o primeiro passo em Araguaína será a implementação dos convênios que o Município já tem com algumas instituições filantrópicas. “Mas o principal é que iremos buscar instituições sem fins lucrativos que atuem na Educação e que reconhecidamente sejam de ponta, para gerenciar a unidade escolar pública que será o nosso projeto piloto, nosso teste, para que no futuro novas unidades sejam implementadas nesse novo modelo educacional”.

Mais qualidade

Após as visitas da comitiva araguainense, o presidente da Câmara de Vereadores, Aldair Costa (Gipão), acredita que o novo modelo pode dar certo em Araguaína. “Vimos que nossa cidade tem condições de absorver o modelo com grande qualidade. O projeto piloto será o parâmetro para verificar o diferencial na qualidade do ensino das nossas crianças”.

A presidente do Conselho Municipal da Educação, Silvinia Pires, analisou o modelo como uma implementação do que já vem sendo realizado nas escolas conveniadas no Município de Araguaína. “As escolas comunitárias vêm implementar o trabalho já realizado em nossa cidade. Estamos com uma Educação à frente de muitos municípios, acredito que a troca de experiências sobre o modelo possa ser um canal de diálogo entre profissionais e comunidade para estabelecermos a escola que queremos para o nosso Município”.

Participaram ainda da comitiva araguainense o secretário municipal da Educação, José da Guia, o procurador-geral do Município, Gustavo Fidalgo, e os representantes da comissão da Educação na Câmara, o presidente Marcus Marcelo e o relator Gilmar Oliveira.

Troca de experiências

Durante a visita à capital Porto Alegre, a comitiva foi recebida pelo prefeito da cidade, Nelson Marchezan Júnior, pelo secretário municipal da Educação, Adriano Naves, e a equipe pedagógica e jurídica da secretaria e das escolas onde o ensino comunitário é aplicado, Escola Comunitária Aldeia Lumiar e Pequena Casa da Criança.

Nos encontros, a troca de experiências foi fundamental para a adaptação do modelo para a realidade de Araguaína. Foi analisado como funciona a gestão com foco na parte jurídica e documentação necessária para o processo de implantação da parceria com entidades nas escolas municipais. A comitiva ainda teve acesso aos dados positivos das escolas e como o modelo já tem impactado no desenvolvimento da Educação no Município.

“É um prazer receber o prefeito Ronaldo Dimas, que conseguiu fazer um diferencial na vida dos moradores da cidade. E que bom que conseguimos trazer os vereadores aqui, para trocar experiências e que vão deixar um legado para nós também, que servirão de referência e a gente poder apresentar o nosso experimento, ao buscar alternativas para qualificar e ampliar o ensino público no Ensino Fundamental”, apontou o prefeito Marchezan.

Escolas comunitárias

No modelo adotado na capital gaúcha, a Prefeitura faz um termo de fomento com uma entidade sem fins lucrativos para que ela seja responsável pelo gerenciamento da escola. A Prefeitura repassa à entidade mensalmente o valor por aluno e a unidade tem autonomia para fazer a gestão pedagógica e financeira, com a contratação de professores, manutenção da unidade e realizar parcerias para implementação dos atendimentos às crianças, como de saúde e assistência social.

 

Por Thatiane Cunha – Foto: Ascom/POA

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