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Santos registra o menor índice de mortalidade infantil da história. Projeto teve apoio da Comunitas

Com índice de 6,8 mortes a cada mil nascimentos, o resultado da cidade foi possível graças à criação de políticas públicas de cuidados básicos, como o Mãe Santista

Crédito da imagem: site redação online

O município de Santos/SP registrou o menor índice de mortalidade infantil da sua história. Com taxa de 6,8 mortes a cada mil nascimentos, os dados levam em consideração os 1481 nascidos vivos e 11 mortes de bebês com menos de um ano de vida no acumulado de janeiro a maio de 2022. 

O resultado do município paulista aconteceu devido ao investimento em criação de políticas públicas focadas em cuidados básicos, como o projeto Mãe Santista, implementado em 2013 com o  apoio da Comunitas. À época em que o programa foi desenvolvido na cidade, Santos tinha a pior taxa de mortalidade infantil de São Paulo. O índice médio da cidade, em 2014, foi de 13,65, o que significava que a cada mil nascidos vivos, quase 16 não sobreviviam até o primeiro ano de vida.

As ações dos projetos prevêem assistência à gestante durante toda a gravidez, incluindo o período pré-natal, parto e pós-parto, além de acompanhar o bebê até os 24 meses de vida. O aprimoramento do programa ao longo dos anos partiu da experiência acumulada no atendimento, tanto pelos servidores, como pelos usuários, e estabeleceu novos padrões de atendimento para ampliar a rede de cuidados contínuos para a mãe e o bebê ao longo de dois anos.

A taxa de mortalidade infantil de Santos vai na contramão do Brasil, que tem registrado retrocesso histórico no mesmo indicador. O óbito de crianças antes de completar o primeiro ano de vida ocorre por diversas razões, dentre as quais podem ser citadas as condições de história e idade materna, consanguinidade, procedimentos perinatais, condições e tipo de parto, pré-natal, prematuridade, baixo peso ao nascer, presença de malformações congênitas, mães portadoras de doenças infectocontagiosas e condições socioeconômicas. Além disso, pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz também apontam que, atualmente, duas de cada três mortes de bebês poderiam ser evitadas no país, visto que inúmeras crianças menores de um ano voltaram a falecer em decorrência de diarréias, pneumonia e não-vacinação. 

Em 2020, Santos havia contabilizado até então o menor índice de sua história, de 7,8 por mil nascidos vivos (com dados dos 12 meses do ano). Confira, a seguir, a série histórica da mortalidade infantil em Santos:

1990 – 33,9 por mil nascidos vivos
2017  – 9 por mil nascidos vivos
2018 – 11,8 por mil nascidos vivos
2019 – 10,1 por mil nascidos vivos
2020 – 7,8 por mil nascidos vivos
2021 – 9,8 por mil nascidos vivos
2022 – 6,6 por mil nascidos vivos (janeiro a maio)*

*Os dados estão sujeitos a alterações, conforme novas notificações de nascimentos e óbitos sejam encaminhadas pelos cartórios ou serviços de saúde à Seção de Vigilância da Mortalidade Materna Infantil da Secretaria de Saúde (SMS).

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