Empresas têm cada vez mais investido socialmente, de forma estruturada e sustentável, como forma de impactar positivamente a sociedade.
Leia também: Comunitas apresenta relatório BISC 2019 e lança plataforma digital sobre investimento social
#1 Alinhamento aos negócios
Segundo o BISC 2019, 75% das empresas e 63% dos institutos destinaram mais da metade dos seus investimentos sociais para projetos alinhados. Essa forma de investimento concilia seu posicionamento de responsabilidade social às estratégias comerciais, aproximando-se de temas sociais críticos para seu negócio.
O alinhamento dos investimentos sociais ao negócio é uma estratégia que anda em consolidação pelas empresas. Isso porque, ao investir socialmente na educação, na formação de mão de obra capacitada, por exemplo, a empresa recebe de volta profissionais mais qualificados para atender às demandas específicas da empresa.
Para alinhar os investimentos sociais aos negócios, as empresas estão investindo, inclusive, no redirecionamento do conteúdo de projetos sociais em curso para adequá-los às potencialidades dos negócios. Ao contrário do observado em edições anteriores do BISC, nos anos recentes 58% das empresas, e 50% dos institutos, chegaram a encerrar projetos sociais não alinhados, para a criação de novos projetos no âmbito do negócio.
Leia também: 5 dúvidas sobre investimento social corporativo
#2 Melhoria da imagem
Segundo pesquisa divulgada em 2017, realizada pela Union + Webster International, especializada em diagnósticos sobre marcas e hábitos de consumo, os brasileiros são os consumidores mais conscientes do mundo – 87% dos brasileiros pesquisados informam que preferem comprar produtos ou serviços de empresas com responsabilidade social reconhecida, superando a média mundial de 77%. Além disso, os consumidores brasileiros não se importam em pagar até 10% a mais pela mercadoria dessas organizações.
#3 Funcionários mais motivados
Uma das principais formas de promover e fortalecer a responsabilidade social dentro das empresas é por meio de um programa de voluntários. Anteriormente prestados, basicamente, por organizações sociais e religiosas, o cenário do voluntariado tem se modificado atualmente, com as corporações levando em consideração os benefícios dessa atuação.
Segundo o BISC, nos últimos dois anos, o número de colaboradores envolvidos nos programas de voluntariado subiu de 36.316 para 41.732 o que equivale a um aumento de 15%. Além disso, a pesquisa demonstrou que o volume de recursos investidos em programas de voluntariado foi da ordem de R$ 11,6 milhões o que representa um aumento de 12%. Na percepção dos gestores sociais, são a gratificação pessoal (85%), a crença na causa e o apoio da empresa (77%), que levam os colaboradores a se engajarem nos programas corporativos de voluntariado.
Leia também: BISC traça perfil do voluntariado empresarial nos últimos 12 anos
#4 Diferencial competitivo no mercado
Em 2015, a B3 – bolsa de valores oficial do Brasil, lançou o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), acreditando que a sustentabilidade corporativa pode criar vantagem competitiva para as empresas e valor para os acionistas. O ISE cria um ambiente de investimento diferenciado, e para integrar ao time, a empresa precisa passar por rígidos critérios internacionais.
Segundo o Diário Comércio Indústria e Serviços (DCI), a carteira de ações do ISE teve um desempenho melhor que o Ibovespa no longo prazo. Desde sua criação até novembro de 2017, o ISE apresentou valorização de 185%, enquanto o indicador mais conhecido da bolsa de valores, que reúne os papéis mais negociados, teve elevação de 113% nessa comparação.
#5 Proximidade com a comunidade onde atua
A intermediação das relações da empresa com as comunidades onde os empreendimentos estão localizados é uma das principais atividades realizadas pelos institutos para alinhar os investimentos sociais aos negócios, entre 2015 e 2018.
Para Rafael Gioielli, gerente geral do Instituto Votorantim – organização parceira do BISC, a empresa não é o centro da comunidade, mas, sim, faz parte dela. “A comunidade que nos recebe e nos acolhe, e com quem a gente quer desenvolver uma relação forte e de longo prazo, com ganhos mútuos. Investir no desenvolvimento das localidades em que operamos é fundamental, porque entendemos que a empresa será mais bem-sucedida a medida em que essa comunidade for mais desenvolvida e vice-versa”, disse durante entrevista para a Comunitas.
Leia também: “A empresa será mais bem-sucedida a medida em que a comunidade for mais desenvolvida e vice-versa”
#6 Ampliação do diálogo com o governo
Mais da metade das empresas (57%) se articulam com organizações governamentais para o desenvolvimento dos seus investimentos sociais. Esta articulação pode ser construída de diversos formatos, como no auxílio no diálogo com a comunidade e na elaboração dos planos de ação ou dos projetos sociais.
Outra possibilidade é atuar com o setor público, não para ele. Este é o mote do Programa Juntos, por exemplo, uma grande aliança de líderes empresariais não investe somente recursos financeiros nos projetos, mas, também, toda experiência e competências técnicas, assumindo o compromisso e a responsabilidade do setor privado como colaborador do desenvolvimento social e econômico do Brasil.
A ideia do Juntos nasceu em 2012, durante a 5ª edição do Encontro de Líderes, líderes e acionistas de empresas brasileiras ali presentes chegou ao consenso de que existia uma oportunidade de geração de impacto sistêmico a partir da qualificação dos investimentos sociais corporativos e da atuação em parcerias com as administrações públicas.
Leia também: Investimento social corporativo e poder público: qual a relação?
Clique aqui e confira o novo cenário dos investimentos sociais corporativos brasileiros com o BISC.
Sem comentários