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Grupo de Debates aborda estratégias para alavancar o impacto positivo do ISC realizado via leis de incentivo fiscal

Comunitas reúne executivos sociais da Rede BISC para o compartilhamento de experiências que visam maximizar os resultados dos investimentos sociais via recursos incentivados

Crédito da Imagem: Acervo Comunitas

Na tarde de ontem (18), a Comunitas reuniu cerca de 30 lideranças sociais das empresas da Rede BISC para mais uma edição do Grupo de Debates, a segunda do ano. Com o tema “Estratégias para alavancar o impacto positivo do ISC realizado via leis de incentivo fiscal”, o encontro teve como objetivo mapear estratégias e desafios, além de entender como as organizações da Rede atuam nessa área.

O evento contou com a presença de executivos sociais de 11 organizações entre aquelas associadas ao BISC: B3 Social, Instituto C&A, Gerdau, Santander, Fundação Vale, RD Saúde, Coca-Cola FEMSA, Fundação Cargill, Instituto Ultra, Fundação Sicredi e Neoenergia, além de contar com liderança da Simbi.

Ao longo do bate-papo, as empresas compartilharam suas estratégias para destinar recursos por meio das leis de incentivo, discutindo como selecionam os projetos para apoiar, as regiões e o público-alvo com os quais trabalham. Além disso, destacaram a importância de fortalecer o ecossistema das OSCs e distribuir os recursos de forma mais equitativa, considerando áreas e populações historicamente menos assistidas. Também ressaltaram a importância da padronização de instrumentos para o monitoramento e avaliação dos projetos apoiados.

Os Grupos de Debates são espaços de colaboração entre as empresas membros da Rede BISC, promovidos com o objetivo de fomentar uma comunidade de aprendizado e difusão de conhecimento para o compartilhamento de experiências, desafios e soluções entre pares, assim como desenvolver articulações e atuação em rede entre os gestores e executivos sociais das empresas. 

“Em conversa com todos vocês, nós vimos que o tema de recursos incentivados ainda gera muitos questionamentos no grupo. A ideia hoje é que possamos aprender juntos, afinal, esse é o objetivo da Rede BISC”, contou a Diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas, Patricia Loyola. 

Para as falas iniciais acerca de suas experiências, foram convidados a Head da B3 Social, Fabiana Prianti; a Head de Impacto Social do Santander, Camila Feldberg; a Gerente de Novas Metodologias e Inovação Social da Fundação Vale, Fernanda Fingerl; e o Co-fundador da Simbi, Raphael Mayer. 

Panorama geral

As empresas participantes compartilharam suas abordagens para a destinação de recursos via leis de incentivo fiscal, enfatizando a necessidade de tratar projetos apoiados por meio de recurso incentivado com a mesma seriedade dos projetos financiados com recursos próprios. Outro ponto comum entre os convidados é a priorização de investimentos em localidades onde suas operações estão presentes, reforçando a ligação entre investimento social e os negócios.

Além disso, a democratização da distribuição dos recursos foi um tema recorrente, com ênfase na necessidade de pulverizá-los em áreas e populações historicamente menos assistidas. Nesse contexto, um grande desafio mencionado é aumentar o número de fundos municipais aptos a receber recursos incentivados, inclusive para regiões do interior, onde o impacto social pode ser mais significativo.

A padronização dos instrumentos de monitoramento e avaliação dos projetos apoiados é vista como uma necessidade para simplificar os processos e garantir a eficácia dos investimentos, por meio da criação de indicadores padronizados para acompanhar os projetos. As empresas também apoiaram amplamente a criação de instrumentos de monitoramento e avaliação que simplifiquem a prestação de contas das OSCs, visando reduzir a complexidade e aumentar a transparência dos processos.

Fortalecimento ao ecossistema

Uma alavanca comum às empresas convidadas como palestrantes é a atuação no fortalecimento do ecossistema de impacto social. Foi debatida a importância de capacitar as OSCs que já são investidas ou que submetem projetos para que elas se fortaleçam e se preparem às exigências de compliance e que diversifiquem suas fontes de financiamento, reduzindo sua dependência a uma empresa específica. 

Outro eixo estratégico de fortalecimento ao ecossistema é o desenvolvimento de fundos gestores municipais que operam recursos destinados à Criança e Adolescência e também ao Idoso, estratégia muito importante principalmente para empresas que atuam em territórios mais distantes dos grandes centros urbanos. O fortalecimento ao ecossistema também significa incidir sobre a cadeia de valor da empresa, ou seja, incentivar fornecedores, funcionários, clientes e outras empresas a realizarem investimentos sociais e utilizarem o potencial dedutivo do imposto de renda para geração de impacto social positivo. 

Desafios em comum

As empresas da Rede BISC relataram desafios em comum, como a burocracia envolvida nos processos de compliance, a dificuldade de destinação de recursos em leis específicas como PRONAS e PRONON, e a necessidade de capacitação contínua das OSCs. Além disso, os participantes destacaram a complexidade dos processos de prestação de contas e a necessidade de melhorar a governança e a estrutura interna para gerenciar os recursos.

Para superar esses desafios, as empresas têm investido em projetos de capacitação para colaboradores e proponentes, além de fazerem uma seleção e acompanhamento mais rigorosos das OSCs. Formalizar parcerias com organizações do terceiro setor e especialistas em gestão social tem sido essencial para fortalecer as práticas de gestão e assegurar o sucesso dos projetos apoiados.

Estratégias da escolha de projetos e seleção de OSCs parceiras

Para promover a diversidade em seus investimentos sociais, as empresas da Rede têm buscado investir em projetos que atendam diferentes áreas e públicos-alvo, dando prioridade a regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e que impactem grupos minoritários, de forma a garantir que os recursos sejam direcionados de maneira mais inclusiva e equitativa, atendendo às necessidades específicas das comunidades.

Para a seleção das OSCs, os palestrantes mencionaram que utilizam tanto estratégias de prospecção passiva, a exemplo da divulgação de editais de chamamento, quanto de prospecção ativa, em que fazem uma análise dos possíveis beneficiários por meio de bancos de dados confiáveis. 

Além disso, a confiabilidade da OSC é um fator decisivo. Portanto, as empresas vêm dando prioridade em selecionar entidades do terceiro setor com experiência comprovada na implementação de projetos sociais e com boa capacidade de gestão e governança, o que contribui para a sustentabilidade e continuidade das iniciativas apoiadas por meio dos recursos transferidos. 

Estratégia na escolha dos incentivos

A escolha da lei de incentivo fiscal para os investimentos sociais das empresas da Rede é influenciada por diversos fatores. Um deles é a atuação da empresa em determinada área social, buscando leis que permitam o apoio a projetos alinhados aos negócios. Os benefícios fiscais oferecidos por cada lei também são considerados, pois impactam diretamente nos custos e na viabilidade financeira dos projetos.

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