A Comunitas lançou, ontem (02), a Jornada Desafios dos Futuros Prefeitos, iniciativa que busca apoiar os próximos chefes dos executivos municipais na transição de governo – que, por conta da pandemia, será com o menor tempo da história, na construção da agenda prioritária dos 100 primeiros dias de mandato, e na elaboração do plano de metas.
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O lançamento contou com as participações de Pedro Parente, ex-chefe da Casa Civil e responsável pela transição entre os governos de Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, atualmente presidente do conselho da BRF; Firmino Filho, prefeito da rede Comunitas eleito quatro vezes em Teresina (PI), e que agora está em momento de transição de governo com um partido de oposição; e com mediação de Fernando Schüler, cientista político e professor do Insper.
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“O intuito da Comunitas com essa nova jornada é apoiar as novas lideranças públicas municipais nos muitos desafios que enfrentarão a partir de 2021. Acreditamos que apenas atuando de forma coletiva, por meio de uma governança compartilhada entre setor público, privado e sociedade, fará com que a gente consiga transformar a realidade brasileira”, explicou José Roberto Marinho, um dos membros da Governança da Comunitas, durante abertura do encontro, que também contou com a participação de Regina Esteves, diretora-presidente da organização.
Aproximadamente 80 pessoas prestigiaram o debate. O público foi formado, principalmente, por prefeitos, prefeitas, secretários municipais, e por representantes de equipes de transição. Entre os prefeitos eleitos, estavam das cidades de Niterói (RJ), Santos (SP), Abaetetuba (PA), São Roque (SP), Santa Rita (PB), Campo Belo (MG) e Uruoca (CE).
“O debate protagonizado pelo Parente e Firmino foi de um conteúdo valioso para nós, gestores públicos, que enfrentaremos anos desafiadores pela frente. Assim como a jornada criada pela Comunitas, que considero uma iniciativa fundamental e chega em um momento essencial para os futuros prefeitos, prefeitas e secretários municipais, pois o início de mandato é a oportunidade ideal de organizar a casa para conseguir pensar no futuro”, disse o secretário de Finanças de Paraty (RJ), Lêonidas Santana.
Durante o encontro, os especialistas abordaram caminhos para que os novos prefeitos e prefeitas do País possam realizar uma transição de governo eficiente e sustentável, garantindo a manutenção das políticas e dos serviços públicos oferecidos aos cidadãos.
De acordo com Pedro Parente, para uma transição ser efetiva é fundamental que ambos os prefeitos – o que está de saída e o que está de entrada – estejam imbuídos do espírito público, realizando o processo de troca de governos com dedicação e disponibilidade. “As eleições acabaram, portanto, interesses partidários e políticos devem ficar em segundo plano em função de um interesse maior da sociedade”, disse.
Em sua apresentação, Parente ainda citou um equívoco que considera grave, mas ainda recorrente em transições governamentais. “É um erro o gestor achar que a vida inteligente começou quando ele chegou no cargo, e desprezar tudo que existia como feito por gente incompetente. Esse pensamento custa muito caro a quem tá chegando à gestão, principalmente em termo e tempo e processo”, considerou.
Para Firmino Filho, é preciso dar maior atenção quando a transição é realizada entre blocos partidários opostos. Segundo ele, esse é o momento onde deve haver diálogo respeitoso entre as equipes qualificadas para troca das informações importantes.
“A transição é o instante no qual a democracia demonstra sua maturidade, pois, passada as eleições, é fundamental que as instituições possam continuar funcionando. A gestão pública não pode ser somente política, existem diversos processos voltados gerar resultados concretos para melhorar a vida da população”, disse.
Outra recomendação dada pelo prefeito, já eleito quatro vezes, é sobre a importância de a liderança não ceder a pressões políticas por cargos, evitando repartir a máquina pública por interesses de partidos. Ele deu exemplo da própria Teresina, onde foi realizado um trabalho de isolamento político da Secretaria de Educação. Como resultado, a capital está em primeiro lugar entre as capitais no ranking de educação pública – mesmo com o segundo menor custo por aluno.
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