Para promover e fortalecer o debate sobre as tendências e desafios do investimento social corporativo em diferentes vertentes, importantes membros da Comunitas foram convidados para participar de diversas mesas de discussão do Congresso GIFE, que começou ontem (04) e vai até sexta-feira (06).
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Agente público como centro do investimento social corporativo
Realizado hoje (05), o painel que contou com a presença da diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves, debateu tendências e desafios para tornar o investimento social corporativo mais forte, diverso e efetivo. Segundo Regina, o agente público estará no centro do investimento social corporativo, porém pondera: “A relação entre privado e público está num momento de grande mudança, e não basta ter boas intenções, é necessário mais transparência e organização nesse relacionamento”.
Além disso, ela considera que a construção de políticas públicas de médio e longo prazo é um eixo fundamental para pensar em maior impacto dos investimentos sociais privados, alterando a estrutura da máquina pública que visa somente resultados imediatos.
Visão de longo prazo significa, também, a construção de políticas públicas onde a sociedade exerça um papel participativo, pois governos passam, mas a sociedade permanece
Regina Esteves
Completando a mesa estavam Paula Jancso Fabiani, do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social (IDIS), Benjamin Bellegy, do Worldwide Initiatives for Grantmaker Support (WINGS), Graciela Hopstein, da Rede de Fundos Independentes para a Justiça Social, com a mediação de Erika Saez, do GIFE.
Confira a participação completa da diretora-presidente da Comunitas:
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Investimento social privado na gestão pública
Já na abertura do congresso, realizada ontem (04), o papo cercou as possibilidades de investir socialmente no campo da gestão pública – área de atuação do Programa Juntos. Para Patrícia Loyola, diretora de Gestão e Comunicação da Comunitas, a participação da iniciativa privada, em conjunto com o engajamento do cidadão, é essencial para a construção de uma administração pública transparente e aberta ao diálogo, capaz de responder às demandas por políticas sociais com eficiência, qualidade e responsabilidade fiscal.
Quando a gente consegue trabalhar com projetos de Estado e não de governo, engajando também a sociedade civil, conseguimos trazer resultados mais consistentes
Patricia Loyola
Também participaram da mesa representantes do Instituto Humanize, Fundação Lemann, Vetor Brasil, Fundação Brava e Fundação Getulio Vargas.
Segurança pública no foco dos investimentos
No mesmo dia, o compromisso social corporativo na área de segurança pública entrou em foco, e contou com a participação de Washington Bonfim, especialista em Planejamento e Gestão Pública da Comunitas. Para ele, temas como a segurança podem assustar a gestão municipal por ser considerado um desafio imenso, porém é necessário que as cidades entendam que a segurança pública vai além de policiamento e repressão, ficando a cargo das administrações municipais o enfoque na prevenção – com investimento em áreas como a educação, saúde e juventude.
Ideal semelhante aos Pactos pela Paz, em desenvolvimento nas cidades de Pelotas (RS), Paraty (RJ) e Niterói (RJ), com apoio do Programa Juntos. A intenção dos projetos é mobilizar amplamente todos os atores da sociedade – população, órgãos públicos, entidades de classes, líderes religiosos, setor privado e academia, a assumir o seu papel na luta contra a violência na cidade.
Também participaram da mesa representantes do Instituto Betty & Jacob Lafer, Instituto Sou da Paz e Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
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