Ciclo vicioso começou a mudar após um esforço, inédito no Brasil, de promover um pente-fino nas prefeituras problemáticas
Até pouco tempo atrás, era dura a vida de quem dependia de serviços públicos em Castanhal, município paraense de 200.000 habitantes. Nos postos de saúde, faltavam remédios básicos, como aspirinas. Só duas das 13 ambulâncias funcionavam, o que causava filas de pacientes por consultas em hospitais da capital Belém, distante 70 quilômetros. O salário dos funcionários estava atrasado. O aperto era resultado do caos na prefeitura. As dívidas em 2017 eram 10% superiores à arrecadação anual, de 225 milhões de reais. Há um bom tempo, a prefeitura tinha deixado de pagar sua parte na Previdência dos servidores.
Por isso, estava havia nove anos no Cauc, um sistema do Tesouro Nacional para listar as prefeituras que deixam de pagar obrigações ou de declarar como gastaram os recursos repassados pelo estado e pela União. O “nome sujo” só causava mais problemas. “Estávamos impedidos de receber dinheiro de outras esferas para fazer investimentos”, diz Karlan Vaccari Caldeira, secretário de Finanças de Castanhal.
O ciclo vicioso só começou a mudar após um esforço, inédito no Brasil, de promover um pente-fino em larga escala nas prefeituras problemáticas. Chamado de Municípios Sustentáveis, o projeto tem sido tocado desde outubro pela organização social Comunitas, no qual empresários financiam inovações na gestão pública, em parceria com o governo paraense.
Clique aqui, confira a matéria da Revista Exame na íntegra, e entenda como a Comunitas e o Governo do Pará, com apoio do Instituto Humanize e parceria-técnica da Mais Partners, conseguiram esse e outros resultados.
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