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Comunitas participa de debate sobre as perspectivas para o voluntariado corporativo em 2024

Voluntariado empresarial tem papel relevante na promoção de ações sociais, mas ainda enfrenta desafios, como a mensuração do impacto e a participação da liderança

Crédito da Imagem: Acervo Comunitas

Na manhã da última quarta (6), a Comunitas, representada por sua diretora de Gestão e Investimento Social, Patricia Loyola, participou de um encontro promovido pelo Grupo de Estudos do Voluntariado Empresarial (GEVE). O evento teve como foco a discussão das perspectivas para a trajetória do voluntariado empresarial em 2024.  

Durante a reunião, foram apresentados dados e insights provenientes das três edições mais recentes das pesquisas conduzidas pela Comunitas (BISC), Grupo de Institutos, Fundações e Empresas (Censo GIFE) e Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial (Censo CBVE) no âmbito do investimento social privado e do voluntariado corporativo. O objetivo foi proporcionar uma análise abrangente e atualizada sobre o panorama e as tendências nesse campo, reunindo informações para nortear as ações futuras no voluntariado empresarial.

As publicações, que foram lançadas recentemente, trazem um panorama sobre como o voluntariado empresarial tem se delineado, incluindo práticas mais comuns, tendências, e desafios. 

As pesquisas também destacam alguns legados positivos da pandemia, que, ao promover um olhar mais solidário para o outro, gerou reflexões valiosas sobre a importância das práticas sociais corporativas. Além disso, o aprendizado durante o período crítico da emergência sanitária se estende aos executivos sociais ainda hoje, que agora estão melhor preparados para reagir de forma mais ágil e focada diante de crises. Outro impacto positivo da pandemia é a compreensão aprimorada das empresas sobre a importância das organizações da sociedade civil, que conhecem a realidade na ponta e podem contribuir significativamente na distribuição dos investimentos sociais.

Os achados das pesquisas provocaram uma reflexão sobre os desafios inerentes à mensuração do impacto dos programas de voluntariado. Mesmo diante de orçamentos substanciais destinados a essas ações, a efetiva avaliação dos resultados ainda não é plenamente realizada

Além disso, a interseccionalidade dos programas torna-se evidente, ressaltando a importância de projetos que possam beneficiar a diversos grupos ao mesmo tempo. Nesse contexto, o engajamento ativo da liderança emerge como um fator essencial para garantir o êxito e a sustentabilidade desses programas, enfatizando a importância de um comprometimento desde as esferas mais altas da organização.

Além de Loyola, participaram do encontro a Coordenadora de Projetos Especiais no GIFE e Membro do Movimento por uma Cultura de Doação, Pamela Dietrich Ribeiro; e o porta voz do Conselho Brasileiro de Voluntariado Empresarial e Coordenador de Responsabilidade Socioambiental no Bradesco, Ednei Fialho Lopes. 

“Há 14 anos, o GEVE promove encontros em torno do tema, fomentando reflexões e reunindo conteúdos relevantes para a prática dos gestores de programas de voluntariado corporativo. A iniciativa cumpre um importante papel e, assim como o BISC, aposta na colaboração e no aprendizado em rede”, declarou Loyola. 

Você pode assistir o encontro aqui:

Voluntariado empresarial, de acordo com o BISC

Apesar de uma queda de 11,3% no número de participantes dos programas de voluntariado em relação a 2021 e da redução da mediana de investimento, o volume total de aportes quase que dobrou, atingindo R$ 16,6 milhões em 2022, movimento restrito justificado por poucas empresas da Rede BISC. 

Outro ponto relevante diz respeito à participação dos colaboradores, onde a maioria (54%) atua em uma ação voluntária por ano. A presença das lideranças no voluntariado é vista como uma estratégia potencialmente influente, no entanto na maior parte das empresas tal presença é parcial ou rara e apenas 17% da rede relata participação maciça deste perfil de profissionais. “A participação dos gestores em programas de voluntariado dá o exemplo e é fator encorajador para ampliação do número de envolvidos”, contou Loyola.

Um outro fator observado em grupos de debate com a Rede BISC é que as oscilações no voluntariado corporativo se devem, em muito, à flutuação econômica. “Quando as empresas enfrentam crises econômicas ou no negócio e precisam reduzir seus quadros, o voluntariado é impactado significativamente”, declarou Loyola. 

Os números apresentados pelo BISC apontam para a tendência de diversificação de iniciativas de voluntariado corporativo no país, destacando o papel central das empresas na promoção de formatos que respondem aos comportamentos e interesses atuais de seus  colaboradores. Vale destacar, especialmente, o crescimento de iniciativas como o voluntariado digital, que registrou um expressivo índice de 83%. 

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