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Empresas e fundações investiram mais de R$ 3 bilhões no campo social em 2016, revela BISC e GIFE

Volume, referente ao ano de 2016, foi calculado em conjunto pela Comunitas e o GIFE, responsáveis pelos mais importantes levantamentos nesta área no Brasil.

Exatamente R$ 3.791.318.863: esse foi o valor investido no campo social pelas empresas, fundações, associações e institutos brasileiros, em 2016.

O total foi calculado a partir das últimas edições do BISC (Benchmarking do Investimento Social Corporativo) – relatório anual liderado pela Comunitas voltado para o aprimoramento dos investimentos sociais corporativos brasileiros, em parceria com o Censo GIFE – pesquisa bienal realizada com os associados do GIFE (Grupo de Institutos Fundações e Empresas), a associação dos investidores sociais no Brasil.

O montante representa o investimento das 268 empresas e 18 institutos que integram o BISC e as 116 organizações associadas ao GIFE. Para chegar ao resultado, as duas organizações combinaram os dados e trabalharam com uma metodologia especial, voltada a evitar duplicidades.

Assista: Vídeo| BISC 10 anos em 10 minutos com Anna Peliano

Consolidação dos investimentos sociais corporativos

A redução no volume total registrada entre 2014 e 2016 consolida descobertas que os estudos, separadamente, já haviam levantado. Apesar de leve redução, é notório que, mesmo após um período de instabilidade na economia brasileira, com dois anos consecutivos de queda no Produto Interno Bruto (PIB), o volume investido nesta área não retornou a patamares anteriores, como o de 2012, quando a economia brasileira vinha embalada por um período de crescimento destacado no PIB. O cenário mostra como as ações corporativas voltadas ao investimento social têm amadurecido e se estruturado no Brasil, assumindo uma posição mais consolidada.

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De acordo com os dados do último BISC, em 2017, demonstra a solidez dos compromissos das empresas e institutos brasileiros com a sua atuação no campo social, fortalecida em decorrência de uma constante preocupação com a renovação das estratégias e dos métodos aplicados à seleção e à gestão dos projetos executados.

A média anual dos valores investidos pelo grupo BISC, no período 2007-2011, foi de R$ 2,3 bilhões; nos últimos cinco anos essa média subiu para R$ 2,8 bilhões.

Inclusive, as empresas do grupo BISC mantiveram um padrão de investimentos compatível com os internacionais, conforme observado na comparação com a pesquisa do CECP, que é uma organização parceira da Comunitas, sediada em Nova York e que faz também um acompanhamento anual dos valores investidos na área social pelas empresas norte americanas.

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Segundo a coordenadora da pesquisa, Anna Peliano, o melhor indicador para comparar o padrão de investimentos das empresas que participam do BISC e da pesquisa do CECP é a proporção dos investimentos sociais nos lucros brutos das empresas. “Os resultados desses últimos dez anos sinalizam que em seis deles, o padrão brasileiro de investimento social esteve na frente ou empatado com o CECP. Em 2016, mais da metade das empresas do BISC investiram na área social, valores superiores a 0,66% dos seus lucros brutos”, disse.

Tendência é de aumento

Ainda segundo a pesquisa BISC, apesar de a década ter sido marcada por fortes oscilações na economia, o volume de recursos destinados aos investimentos sociais exibiu uma clara tendência de crescimento e uma efetiva resiliência em momentos de maiores dificuldades.

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“A atuação social das empresas decorre de uma série de fatores que se sobrepõem à crise econômica. Compromissos sociais, interesses dos negócios e pressões da sociedade são determinantes para a sustentabilidade dos investimentos sociais e ganham relevância redobrada em conjunturas mais desfavoráveis”, explica a coordenadora da pesquisa BISC.

 

Confira a última versão do BISC, a maior pesquisa sobre investimento social corporativo do Brasil

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