A Comunitas desembarcou no Rio Grande do Sul para a segunda reunião de Governança do Programa Juntos e o Governo do Estado, realizada ontem (18). O momento serviu para debater os resultados já obtidos com a parceria e encontrar caminhos para o futuro.
Além do governador Eduardo Leite, participaram da reunião a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves; três dos líderes da Governança do Programa Juntos – Carlos Jereissati Filho, José Roberto Marinho e Luiz Ildefonso Simões Lopes; secretários estaduais das pastas de Segurança Pública, Chefe de Gabinete, Fazenda, Planejamento, Orçamento e Gestão, Governança e Gestão Estratégica, Educação e Comunicação; e, também, parceiros e líderes empresariais da região, como Nelson Gomes Neto, da Comgás, João Alberto de Abreu, da Rumo Logística, Adriano Zerbini, da Cosan, Bayard Lucas de Lima, da BRK Ambiental, Filipe Portella, da Monte Bravo, e Luiz Leonardo Fração, da Nebraska Capital.
Leia também: Comunitas e Governo de MG realizaram reunião de Governança do Programa Juntos
“Uma das coisas mais importantes do Juntos é motivar a sociedade local, que é essencial para a sustentabilidade dos resultados à longo prazo. Quem pode realmente transformar o Rio Grande do Sul são as pessoas que acreditam que o estado tem a força, a capacidade, e recursos humanos para mudar o futuro, não deixando que os problemas se perpetuem, como tem acontecido nos últimos anos”, explicou Carlos Jereissati Filho.
Um dos projetos realizados no âmbito da parceria entre a Comunitas e o governo gaúcho é modernização da gestão dos servidores públicos. O objetivo é auxiliar o Governo do Rio Grande do Sul a rever o Estatuto dos Servidores Públicos e os Marcos Normativos de remuneração de pessoal que datam de períodos anteriores às reformas empreendidas pelo governo federal.
Leia também: “Não é possível gerir o país com leis e protocolos do século passado”, afirma ex-secretária do governo mineiro
O motivo da ação é o alto gasto do governo gaúcho com folha de pagamento. Ao analisar a composição do orçamento do Estado do Rio Grande do Sul, 77 % dos valores vão para pessoal e encargos, 18% de custeio, 7% de serviço da dívida e 3% de investimentos.
Ou seja, segundo os dados, o principal responsável por boa parte do déficit estrutural do Estado é o grupo de pessoal e encargos (ativos e inativos), o que torna necessário aprofundar a análise e o estudo de propostas que permitam ao Rio Grande do Sul voltar às condições mínimas de higidez fiscal que permitam a realização de investimentos e entrega de serviços públicos de qualidade.
“Existe o lado ‘A’ e o lado ‘B’ nesse assunto. O lado ‘A’, que os servidores concentram o trabalho do Estado, algo que precisamos resolver do ponto de vista da pressão que exerce sob o orçamento. E o lado ‘B’, que sem as pessoas não conseguimos prestar bons serviços públicos”, afirmou secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão do Rio Grande do Sul, Leany Lemos.
Leia também: Construída com apoio da Comunitas, reforma administrativa pode gerar economia de R$ 420 milhões em Goiás
Para o futuro da parceria, já existem alguns focos em previsão – todos ainda em fase de análise e validação. Por exemplo, na área de Comunicação Governamental, o objetivo é auxiliar o governo na estratégia de comunicação das ações de recuperação fiscal. Na Segurança Pública, o foco é potencializar e fortalecer o engajamento dos projetos realizados área. E ainda existe interesse na modernização e aprimoramento dos serviços públicos oferecidos pelo governo ao cidadão gaúcho.
Leia também: Governar em conjunto é possível, por Eduardo Leite
“Em todo encontro da Comunitas sempre digo a mesma coisa: ‘diminui-se aqui o sentimento de solidão do poder”. Acredito que temos que trabalhar efetivamente juntos, e por isso agradeço o apoio”, disse o governador Eduardo Leite.
Sem comentários