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Para além da COP: de que maneira o evento pode contribuir para o desenvolvimento socioeconômico do país?

Chamada de ‘COP da Floresta’, o evento pode contribuir para a aceleração de soluções de desafios históricos, bem como proporcionar oportunidades de criação de impacto positivo e duradouro tanto para a região quanto para o país e o mundo

Vista aérea de Belém (PA). Crédito da Imagem: Belém Negócios

A Amazônia desempenha um papel fundamental no equilíbrio do clima global e na preservação da vida no planeta. Portanto, é de extrema importância proteger a floresta e evitar o seu desmatamento, mas também, para enfrentar o desafio de promover o desenvolvimento socioeconômico dos estados da região amazônica. Para discutir todas essas temáticas é que o Brasil sediará a Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP) pela primeira vez, em 2025. 

Realizado anualmente, o evento tem o objetivo de reunir os  principais líderes mundiais para discutir medidas de combate às mudanças climáticas. A ideia é que a 30ª edição do evento traga a floresta e as políticas de redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE) a partir da Amazônia, assim como o papel do Sul Global nas discussões climáticas.

A capital paraense se destaca como cenário privilegiado na discussão de questões ambientais e propor soluções práticas para desafios climáticos globais. No entanto, a preparação para um evento dessa magnitude requer muita atenção à infraestrutura, segurança, e transporte, para citar alguns.

Eventos como a COP não apenas aceleram soluções para problemas prementes, mas também proporcionam oportunidades para criar um impacto positivo e duradouro na região e no país como um todo. Ao trazer a Floresta Amazônica para o epicentro do debate climático global, a conferência tem o potencial de impulsionar o desenvolvimento econômico local, fomentar a sustentabilidade ambiental e elevar a cidade-sede a um status de destaque como destino turístico na região amazônica. 

Além disso, a expectativa é que a COP possa fornecer lições valiosas e aprendizados que extrapolam o contexto regional, contribuindo para a abordagem de questões climáticas em todo o país. A seguir, confira os legados que a realização de uma COP pode deixar tanto na região quanto no Brasil.

Infraestrutura

Obras no Parque da Cidade. Crédito da Imagem: Marcelo Seabra – Ag. Pará

Atualmente, a capital paraense enfrenta uma série de desafios em diversas áreas-chave, desde a mobilidade urbana até o saneamento básico, passando pela infraestrutura aeroportuária e pela capacidade da rede hoteleira. 

O transporte público, com sua antiga frota de ônibus, não apenas carece de conforto para os passageiros, mas também contribui significativamente para a poluição ambiental ao  exacerbar o tráfego da cidade – uma vez que os habitantes acabam optando por utilizar veículos particulares ao invés do transporte coletivo para se deslocarem pela cidade. Além disso, questões relativas ao saneamento básico são preocupações urgentes, destacando a necessidade de melhorias estruturais.

A COP-30, portanto, representa uma grande oportunidade para catalisar investimentos em melhoria de infraestrutura, transporte sustentável, saneamento básico e capacidade hoteleira. Esses investimentos trarão benefícios não somente para os participantes da conferência, mas também deixarão legados importantes para a cidade, melhorando a qualidade de vida dos moradores locais e impulsionando o turismo na região da Amazônia.

Diversas obras já estão em andamento para adequar o espaço que irá receber o evento, incluindo o Parque da Cidade e o Porto do Futuro 2, que está sendo desenvolvido em conjunto com a Estação das Docas. Além disso, as três esferas de governo (municipal, estadual e federal) já estão investindo em obras de infraestrutura viária, intervenções em igarapés e áreas para minimizar os impactos de enchentes, bem como na implementação de ônibus elétricos para melhorar a mobilidade urbana.

Socioambiental

Floresta conservada próxima ao Rio Manicoré, no sul do Amazonas, na Amazônia. Crédito da Imagem: Nilmar Lage – Greenpeace

A partir das discussões levantadas durante a COP-28 em Dubai, que contaram com a participação do Secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, e da vice-governadora do Estado, Hana Ghassan, é possível vislumbrar os potenciais legados socioambientais que a 30ª edição do evento, a ser realizada na capital paraense, pode deixar para a região e para o mundo. 

Com o enfoque na Amazônia, considerada um dos principais temas em pauta, espera-se que a COP-30 amplie o debate sobre a importância da preservação ambiental e do desenvolvimento socioeconômico sustentável na região. Segundo os gestores, a inclusão das florestas no centro das discussões pode ser um marco na conscientização global sobre a relevância da conservação dos ecossistemas amazônicos, tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades locais que dependem deles para sua subsistência.

A realização da COP-30 pode proporcionar uma oportunidade única para que o Brasil assuma um papel de liderança na agenda internacional de mudanças climáticas, especialmente no que diz respeito ao debate sobre o desmatamento e as queimadas na Amazônia. Ao trazer à tona questões fundamentais como a importância da floresta para o equilíbrio climático global e a necessidade de políticas de conservação e uso sustentável dos recursos naturais, a conferência pode fomentar ações concretas para a proteção da biodiversidade e o combate ao desmatamento ilegal na região.

Legado de governança compartilhada

Espera-se que a COP-30 deixe um legado duradouro de cooperação e compromisso entre governos, sociedade civil, setor privado e comunidades locais, promovendo o diálogo e a busca por soluções conjuntas para os desafios ambientais e sociais enfrentados na região. O evento pode estimular o desenvolvimento de políticas públicas mais eficazes, programas de conservação ambiental e projetos de desenvolvimento sustentável, contribuindo para a construção de um futuro mais justo, resiliente e equitativo para as gerações atuais e futuras.

Comunitas apoia o Pará na realização da COP-30

Diante da importância da realização da COP no Pará, a Comunitas tem desempenhado um papel fundamental de apoio ao Estado, com o objetivo de superar desafios relacionados à comunicação, segurança e infraestrutura que envolvem a organização de um evento dessa magnitude. Para garantir a gestão eficaz de todos os projetos relacionados à COP-30, um Escritório de Gerenciamento de Projetos (EGP) está sendo implementado e terá um papel crucial no planejamento, monitoramento e execução das ações necessárias.

Além de garantir o sucesso da COP-30, a criação do EGP deixará um legado valioso para o Pará, proporcionando ferramentas de gestão e metodologias que permitirão o monitoramento contínuo de projetos futuros, fortalecendo a sustentabilidade e o desenvolvimento econômico e social do Estado.

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