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8ª edição da pesquisa BISC é lançada pela Comunitas

A Comunitas lançou, na tarde da última sexta-feira (27), a 8ª edição da pesquisa BISC – Benchmarking de Investimento Social Corporativo. O evento aconteceu na sede da Comunitas, em São Paulo, e contou com a presença de estudiosos do tema, executivos sociais e participantes dos grupos de debates, criados pela organização para refletir sobre as tendências e experiências do investimento social no Brasil.

Anna Peliano, coordenadora da pesquisa e especialista na área de Investimento Social Corporativo, abriu o evento apresentando os destaques da edição de 2015 da pesquisa. Segunda ela, os resultados foram coerentes com as previsões que as empresas do BISC haviam apresentado no ano anterior, tanto em relação ao crescimento dos recursos investidos, quanto às mudanças na condução dos projetos sociais. Assim, o resultado encontrado foi bastante positivo, pois, segundo Peliano, “apesar do cenário econômico desfavorável, em 2014, os investimentos sociais do grupo cresceram 11% em relação ao ano anterior, atingindo o patamar de R$ 2,3 bilhões”. No entanto, se compararmos os dados de 2014 com os resultados obtidos pelo CECP, nossa inspiração norte-americana, vemos que parte dos lucros destinados aos investimentos sociais reduziram no exterior e, sobretudo, no Brasil, onde a mediana dos percentuais (0,70%) voltou para um patamar abaixo do padrão de benchmarking internacional (0,82).

Outro resultado importante, que pode ser facilmente identificado pela pesquisa, é em quais áreas estão concentrados os investimentos sociais das empresas: educação e cultura. Só para a área de educação foram destinados R$ 872 milhões, para o atendimento, especialmente, de jovens, crianças e comunidades que vivem no entorno dos empreendimentos econômicos.

Cloves Carvalho, diretor do Instituto Votorantim, participou da mesa de apresentação e tratou da importância das parceiras público-privadas para realização dos investimentos sociais. Os debates foram mediados por Andreia Rabetim, gerente de parcerias intersetoriais da Fundação Vale. Essas duas empresas participam do BISC desde o início e destacaram a sua contribuição para refletirem e analisarem seus projetos sociais e os novos caminhos a seguir. Cloves finalizou o evento salientando a importância da pesquisa BISC. “Se os recursos estão escassos, precisamos saber onde investir esses poucos recursos”.

Grupo de debates

Para promover o intercâmbio de experiências e o aprimoramento das práticas sociais, a Comunitas instituiu uma novidade neste ano, o Grupo de Debates BISC. Ele se dedicou a refletir sobre os resultados da pesquisa e avançar nos temas selecionados como prioritários – as parcerias com as organizações públicas e privadas e o alinhamento dos investimentos sociais aos negócios.

Dois produtos relevantes se destacam como resultado dos trabalhos desse Grupo: a identificação das iniciativas de formação de parcerias que funcionam e não funcionam, bem como a seleção de indicadores de qualidade para esses projetos; e a identificação das características que diferenciam a filantropia, os investimentos sociais tradicionais e alinhados aos negócios e os negócios de impacto sociais.

O BISC

Iniciada em 2008, a pesquisa BISC acompanha anualmente os investimentos sociais privados no Brasil, com o objetivo de avaliar a evolução dos compromissos sociais das empresas no país, a qualidade desses investimentos e a busca novos elementos para a reflexão de tendências e para o debate sobre o tema. Em uma parceria com o CECP – Committee Encouraging Corporate Philanthropy, a pesquisa permite também a comparação dos investimentos nacionais, com padrões internacionais.

Baixe a pesquisa BISC 2015.

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