loading

16º Encontro de Líderes da Comunitas fortalece o debate em prol da coalizão entre as iniciativas pública e privada por um Brasil mais sustentável e competitivo

Evento reuniu lideranças influentes para debater estratégias que posicionem o país na vanguarda mundial da economia verde

No palco, a diretora-presidente da Comunitas, Regina Esteves, e o presidente do conselho administrativo do Grupo Cosan, Rubens Ometto Silveira de Mello. Crédito da Imagem: Bianca Kida/Rodrigo Meneghello

Coalizão. Essa foi a palavra mais repetida durante o 16º Encontro de Líderes da Comunitas, que reuniu, em um único lugar, diversas lideranças políticas e empresariais com o objetivo de debater os desafios e oportunidades para o Brasil na transição para um futuro sustentável e competitivo. O evento, que é realizado anualmente pela organização, aconteceu na última sexta (06) e teve o objetivo de debater soluções para os desafios da nação junto às principais lideranças públicas e privadas do país.

Com o tema “Brasil de Oportunidades”, o evento abordou o desenvolvimento sustentável e economia verde, bem como as oportunidades para o Brasil na corrida por esse novo mercado global. Nesta edição, o objetivo do encontro foi discutir as principais estratégias para que o país se destaque neste cenário de transição energética e agenda sustentável. 

A ênfase na economia verde tem crescido na agenda da Comunitas desde o ano passado. Dadas as vantagens competitivas do Brasil neste cenário, a exemplo de possuir uma matriz energética predominantemente limpa e a riqueza da biodiversidade da Floresta Amazônica, é necessário pensar em soluções para o fortalecimento da energia verde no país.

Dentre eles, destacam-se a necessidade de articular parcerias público-privadas, tanto nacionais quanto internacionais, a importância das reformas para a estabilização econômica e o aumento da capacidade de produção e de investimentos na agenda ambiental. Além disso, o evento também abordou questões como responsabilidade fiscal e estabilidade jurídica. 

Quase 50 empresas participaram do evento. Além disso, 9 governadores e 8 prefeitos, representando cerca de 15 partidos de espectros políticos distintos, estiveram presentes. O evento também contou com a presença de 2 representantes da União e 9 do Poder Legislativo, entre lideranças com e sem mandato. 

Dentre as personalidades do setor público que participaram do Encontro de Líderes deste ano, destacam-se os governadores Helder Barbalho (PA), Ronaldo Caiado (GO), Eduardo Leite (RS), Romeu Zema (MG), Raquel Lyra (PE), Ratinho Junior (PR), Rafael Fonteles (PI) e Tarcisio de Freitas (SP). Também estiveram presentes a Secretária Nacional de Planejamento, Leany Lemos; e o Presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, além do prefeito Ricardo Nunes (São Paulo) e do ex-governador, Paulo Hartung (ES).

Já representando o setor privado, podem-se citar a Diretora-Presidente da Comunitas, Regina Esteves; o Presidente do Conselho de Administração do Grupo Cosan, Rubens Ometto Silveira de Mello; a Vice-Presidente da Neoenergia, Solange Ribeiro; o Diretor-Presidente da Ultrapar, Marcos Lutz; e o Membro do Conselho de Administração do Grupo Iguatemi, Carlos Jereissati Filho. 

“Este ano, o Encontro de Líderes aborda a necessidade de uma governança sólida para que o Brasil se torne uma potência socioeconômica e sustentável. Estamos unindo líderes de diferentes esferas, públicas e privadas, para discutir e moldar o futuro da nossa nação”, declarou Regina Esteves.

A seguir, confira como foi o evento:

Tarcisio de Freitas: “Se a gente tiver junto, a gente consegue dar respostas”

Crédito da Imagem: Bianca Kida/Rodrigo Meneghello

O governador de São Paulo, Tarcisio de Freitas, foi responsável por abrir o evento com uma fala inspiracional. Durante sua participação, Freitas destacou a importância do Encontro de Líderes como um fórum para discutir a coalizão entre o setor público e privado no Brasil. Além disso, ele também ressaltou a necessidade de superar as “bolhas”, enquanto enfatizou a importância das reformas que o país tem implementado nos últimos anos. 

O governador também destacou o potencial do país na produção de combustíveis sustentáveis, como o hidrogênio a partir do etanol, e a capacidade de fornecer uma parte significativa da demanda mundial de combustível de aviação sustentável.

Por fim, ele abordou a importância da colaboração entre governo e iniciativa privada para o desenvolvimento sustentável do Brasil, destacando oportunidades e conquistas recentes, além de expressar otimismo quanto ao futuro do país com o envolvimento ativo do setor privado na administração pública. 

“Percebemos um grande interesse da iniciativa privada em apoiar governos e trazer grandes investimentos para nós, pois a iniciativa privada é a força viva desse país e vai alavancar essa nação, contribuindo para um futuro brilhante”, declarou o governador. 

Roda de debate 1 – Economia Verde em Foco: Oportunidades Globais para o Brasil

Crédito da Imagem: Bianca Kida/Rodrigo Meneghello

Com mediação de Leany Lemos, a primeira roda de debates do dia contou com a participação dos governadores Helder Barbalho, Ronaldo Caiado, Rafael Fonteles, do prefeito Ricardo Nunes e dos líderes empresariais, Marcos Lutz e Solange Ribeiro. A visão geral da plenária converge para a colaboração entre governo e iniciativa privada para que o Brasil possa prosperar no campo da economia verde.  

Para isso, o grupo também apontou a necessidade de buscar soluções que beneficiem tanto o meio ambiente quanto a população. Além disso, a importância da estabilidade jurídica para atrair investimentos da iniciativa privada – nacional e internacional – também foi ressaltada. 

“É essencial desenvolver um ambiente de segurança jurídica, com o respeito pelas agências reguladoras, para garantir que o Brasil possa atrair o valor que a energia renovável representa e avançar na direção da sustentabilidade”, declarou Solange Ribeiro, ao mesmo tempo em que garantiu que a “iniciativa privada está pronta para investir”.

Dentre os desafios que precisam ser enfrentados, podem-se destacar o licenciamento ambiental, a educação e a geração de emprego e renda de forma a combater a pobreza – um dos grandes entraves para o avanço da agenda sustentável no Brasil. 

“A região da Floresta Amazônica tem milhões de brasileiros e não podemos focar apenas no ambiental, é preciso conciliar as necessidades sociais e ambientais. Por isso, a realização de um dos maiores eventos da agenda de sustentabilidade mundial (COP-30) em Belém representa uma oportunidade de investimentos e de deixar legados importantes para essas pessoas”, declarou Barbalho. 

Roda de debates 2 – Diálogos para o Futuro: Desenvolvimento Econômico e Sustentável para a Transformação do País

Crédito da Imagem: Bianca Kida/Rodrigo Meneghello

Mediado por Paulo Hartung, a última roda de debates do dia contou com a participação dos governadores Romeu Zema, Eduardo Leite, Raquel Lyra, Ratinho Júnior, além de Bruno Dantas (TCU). Os convidados demonstraram comprometimento em abordar desafios econômicos e ambientais, buscando oportunidades para promover um desenvolvimento mais sustentável, reforçando a importância da colaboração entre o setor público e privado.

Os principais temas abordados pelo grupo incluíram a atração de investimentos, o estímulo à transição para fontes de energia mais limpas, o desenvolvimento de políticas para a produção sustentável de alimentos e a importância do equilíbrio fiscal para garantir a capacidade de resposta do governo em momentos de crise.

Enquanto Lyra e Leite mencionaram os grandes desafios que seus territórios vêm atravessando na busca pelo equilíbrio fiscal para atrair investimentos e avançar com a agenda de sustentabilidade, o governador Ratinho Júnior explicou qual foi a sua melhor estratégia para atrair recursos privados para o Paraná: identificar qual é a vocação natural do Estado

“Podemos ser uma central logística para 70% da América do Sul e somos os maiores produtores de alimentos no Brasil. Com a demanda global por alimentos aumentando em 20% daqui a alguns anos, 80% dessa produção deverá ser da América Latina. Portanto, precisávamos consolidar nossa posição como produtores sustentáveis. Recentemente, a OCDE reconheceu o Paraná por sua sustentabilidade, o que atraiu investimentos e resultou em pleno emprego no Estado”. 

Além disso, destacou-se o papel dos órgãos de controle na promoção da responsabilidade fiscal e ambiental, bem como na avaliação da modelagem de contratos firmados entre as iniciativas pública e privada, além da eficiência de gastos públicos. “Os órgãos de controle podem impulsionar o desenvolvimento nacional, pois sabemos da escassez de recursos para investimentos diretos. Portanto, dependemos do setor privado, que necessita de confiança na solidez da modelagem e no cumprimento a longo prazo dos contratos. Os órgãos de controle desempenham o papel de supervisionar tanto a modelagem quanto a execução dos contratos”, declarou Bruno Dantas.

Lançamento de publicações

Durante o evento, a Comunitas também lançou duas novas publicações. A primeira, “Boas Práticas em Gestão: o Legado da Comunitas”, traz 100 experiências exitosas que a organização apoiou em diversos territórios de todo o Brasil, com o objetivo de compartilhar boas práticas para inspirar gestores públicos a implementarem medidas semelhantes em seus territórios. 

Você pode baixar aqui.

A segunda, fala da experiência de apoiar a Procuradoria Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP) a desenvolver um projeto de planejamento estratégico com vistas a definir prioridades institucionais por meio de objetivos e metas para alocar recursos de forma prioritária.

Você pode baixar aqui.

A pesquisa do Benchmarking do Investimento Social Corporativo também lançou a publicação do 2º folder da edição 2023 do estudo no Encontro de Líderes. Dessa vez, o material aborda a tendência de transformação do investimento social corporativo, com maior focalização do ISC no pós-pandemia.  

Arte com o fundo azul com a frase "Assine a nossa Newsletter e não perca nenhum conteúdo"

Sem comentários

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *