Ao longo de dois dias, o evento premiou 12 trabalhos inovadores e abordou o impacto da Tabela SUS Paulista e do IGM na gestão municipal da saúde, reforçando a importância da integração e boas práticas nas RRAS
Nos últimos dias 12 e 13 deste mês, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP), em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), promoveu a 2ª edição do Fórum de Experiências Exitosas na Constituição de Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS). O evento teve como objetivo fortalecer a pactuação regional através do compartilhamento de boas práticas implementadas no contexto da Regionalização da Saúde, projeto apoiado pela Comunitas, e reconhecer iniciativas de sucesso nessa área.
A regionalização é um dos pilares do SUS, que deve ser realizada a partir da colaboração entre gestores das três esferas para aprimorar a governança e fortalecer as RRAS. Essas estruturas integram serviços e intervenções de diferentes níveis tecnológicos e complexidade, apoiadas por sistemas técnicos, logísticos e administrativos, para garantir cuidado contínuo, abrangente e centrado no usuário. As RRAS têm o objetivo de melhorar o acesso, a equidade, a eficácia clínica e sanitária, além da eficiência econômica, promovendo uma oferta integrada e de alta qualidade em saúde.
O 2º fórum contou com a inscrição de 194 trabalhos que visam promover o aprimoramento do processo de pactuação das redes de saúde paulista, com aumento de 20 projetos em relação à primeira edição. O evento reuniu mais de 500 profissionais de todo o Estado, entre prestadores da área, gestores municipais e estaduais, e diretores dos Departamentos Regionais de Saúde (DRSs). Entre os trabalhos apresentados, 12 foram selecionados e premiados ao final do encontro.
Além disso, o evento marcou o lançamento da publicação “1º Fórum de Experiências Exitosas na Constituição das Redes Regionais de Atenção à Saúde”. O livro, que foi inspirado nas iniciativas compartilhadas na edição anterior do Fórum, reúne exemplos bem-sucedidos de estratégias implementadas nas Redes Regionais de Atenção à Saúde do Estado de São Paulo, com o objetivo de fomentar a troca de conhecimento e promover avanços na regionalização da saúde.
O material serve como uma ferramenta prática para gestores e profissionais da área, destacando soluções que fortalecem a governança e a eficiência no sistema de saúde e pode ser baixado gratuitamente aqui.
O evento contou com a participação de diversos especialistas e abordou a política de regionalização da saúde no Estado de São Paulo, destacando o impacto da Tabela SUS Paulista e do Incentivo à Gestão Municipal (IGM) na gestão municipal dos serviços de saúde. Durante dois dias de atividades, painéis e mesas temáticas trataram de questões como a organização das Redes Regionais de Atenção à Saúde (RRAS), financiamento da saúde, integração de serviços e participação social.
Entre os palestrantes, estiveram presentes o ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde e médico especialista que está liderando o projeto de Regionalização da Saúde pela Comunitas, João Gabbardo, o Secretário de Saúde do Estado de São Paulo, Eleuses Paiva, a Diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência do Ministério da Saúde, Aline de Oliveira Costa, o Diretor de Políticas Públicas do Instituto de Estudos para Políticas de Saúde (IEPS), Arthur Aguilar, o Coordenador de Sistemas e Serviços de Saúde da Organização Pan Americana de Saúde (OPAS), Júlio Pedroza, além de gestores das 18 RRAS do estado de São Paulo, que compartilharam experiências bem-sucedidas. O evento promoveu debates sobre governança e inovação, reforçando a importância de boas práticas para a regionalização da saúde.
Sobre a Regionalização da Saúde de São Paulo
O projeto de Regionalização da Saúde, iniciado em 2023 e liderado pelo governo do Estado de São Paulo em parceria com a Comunitas, visa melhorar o acesso da população à saúde e a eficiência do sistema de atendimento prestado.
A iniciativa tem como objetivo reduzir as filas de espera e a distância que as pessoas precisam percorrer para conseguir atendimento de média e alta complexidade, ação essencial considerando os desafios enfrentados pela falta de integração entre os municípios, dificultando a distribuição equitativa dos serviços de saúde.
Por meio de diversas oficinas já realizadas com as 18 RRAS, servidores e gestores municipais trabalharam em conjunto para debater e apresentar propostas, visando resolver desafios comuns.
Além da criação da Tabela SUS Paulista, as pactuações com os municípios resultaram na elaboração do IGM. Este novo sistema consiste em um conjunto de indicadores que avaliam a qualidade da saúde pública nas cidades, substituindo o antigo método de repasses financeiros. O IGM oferecerá recursos adicionais com base no desempenho, podendo variar de R$ 4 a R$ 40 por habitante/ano por município.
*Com informações da Secretaria Estadual de Saúde
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