Um novo perfil de consumidor está surgindo no mundo. Atentos à métricas e com um senso de prioridades distintos de gerações anteriores, os novos consumidores buscam e cobram por empresas socialmente, ambientalmente e economicamente responsáveis.
Diante disso, é notório que a juventude chega com mais consciência e posicionamento diante os impactos gerados ao redor do mundo, seja por corporações ou outras pessoas e, com isso, engajam-se com marcas e serviços que tenham esse alinhamento de preocupações.
Segundo pesquisa divulgada em 2017, realizada pela Union + Webster International, especializada em diagnósticos sobre marcas e hábitos de consumo, os brasileiros são os consumidores mais conscientes do mundo – 87% dos brasileiros pesquisados informam que preferem comprar produtos ou serviços de empresas com responsabilidade social reconhecida, superando a média mundial de 77%. Além disso, os consumidores brasileiros não se importam em pagar até 10% a mais pela mercadoria dessas organizações.
Se em 2017 esse dado já era relevante, a partir de agora, na pós-pandemia, a sustentabilidade será ainda mais relevante.
Uma pesquisa da IBM Institute for Business Value entrevistou mais de 14 mil consumidores em nove países, incluindo o Brasil, e apontou que 66% dos brasileiros pesquisados consideram mudar seus hábitos de consumo para reduzir impactos ao meio ambiente. Além disso, nove de cada 10 demonstraram que a pandemia alterou seus pontos de vista acerca de responsabilidade ambiental mais que questões como incêndios florestais. A pesquisa apontou, ainda, que mais de dois terços dos entrevistados que estão procurando emprego aceitariam vagas em organizações ambiental e socialmente responsáveis.
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Por isso a importância das 3 letras tão citadas atualmente
A sigla ESG, que se refere a práticas Ambientais, Sociais e de Governança, vem conquistando espaços públicos e privados, e se tornando motivo de decisão de compra da população.
Ela mede a atuação das empresas na prevenção de danos ambientais, na mitigação dos impactos sociais e na adoção das melhores e mais transparentes práticas administrativas.
Além disso, os fatores ESG servem de critério de competitividade quando o assunto é investimento financeiro, pois cada vez mais investidores consideram a sustentabilidade como motivação para aplicação em determinado negócio.
Para você entender a importância dos fatores ESG, em 2020 a PwC lançou um relatório que apontou que, até 2025, 60% dos fundos mútuos na Europa estarão em investimentos que consideram os parâmetros ESG – o valor chegaria a US$ 9 trilhões. A fim de comparação, até o fim de 2019, a adesão era estimada em 15% apenas.
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“ESG não se limita a uma sigla, mas abrange o negócio de ponta a ponta. Vivenciamos uma transição para uma geração de consumidores, investidores e colaboradores ainda mais vigilantes e exigentes quanto à geração de valor social por parte das empresas”, diz a diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas, Patricia Loyola.
Com mais de 10 anos de experiência em parametrização do investimento social e no apoio à gestão social empresarial, o BISC possui diversos pontos que servem de reporte do fator “S”, como o volume dos investimentos sociais destinados às comunidades e nas diversas regiões do país, e as áreas de atuação social e valor dos investimentos em cada uma delas.
O BISC ainda possui métricas para mensuração do fator “S”, como o percentual dos investimentos sociais na receita/lucro bruto/lucro líquido e o valor dos investimentos desagregados pelas diversas áreas de atuação.
Foto no destaque: Getty Images
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