Em pauta ultimamente, a Diversidade e Inclusão vem sendo pensada como um importante fator de desenvolvimento social e econômico, visto que a crise está afetando desproporcionalmente grupos já vulnerabilizados. Em decorrência disso, as empresas têm se mostrado mais atentas para essa temática e criando iniciativas internas em prol da conscientização e, também, do fomento e fortalecimento de uma equipe mais diversa, seja em questão de raça, gênero ou orientação sexual.
Dados da pesquisa de 2020 do World Economic Forum, mostram que 85% das empresas que possuem uma estratégia de Diversidade e Inclusão, declaram lucro maior, comparado a companhias que não tratam do tema internamente. Além disso, a mesma pesquisa revela que 87% dos CEOS participantes reconhecem a importância de equipes imparciais, inclusivas e colaborativas.
Em contrapartida, uma análise realizada pela consultoria Mais Diversidade, em parceria com a revista Você RH – onde 295 entidades nacionais e multinacionais foram consultadas – mostra que cerca de 65% das empresas brasileiras não possuem um programa voltado de D&I estruturado, com estratégia e planejamento, realizando apenas ações pontuais, e apenas 28% têm uma área específica para o tema. Os dados abrem uma discussão do que falta para que o tema evolua dentro das companhias.
A pauta ainda carece de fortalecimento, tanto no ambiente interno, conforme aponta a pesquisa citada acima, quanto no ambiente externo às empresas. Em 2020, o relatório Benchmarking do Investimento Social Corporativo (BISC), pela primeira vez, trouxe o tema à tona e revelou que é um tema presente na agenda de sustentabilidade corporativa e que, muito provavelmente, veio para ficar.
Segundo a pesquisa, quando perguntados sobre os meios pelos quais buscam construir um relacionamento com a comunidade local visando o desenvolvimento sustentável, 30% das empresas e 50% dos institutos empresariais responderam que integram espaços públicos em prol da diversidade de gênero, raça/cor e orientação sexual no contexto de desenvolvimento local, a partir de seus investimentos sociais.
“Em contato com os executivos sociais, percebemos que as empresas têm compreendido, cada dia mais, a importância de uma equipe diversa e do apoio à iniciativas de inclusão. Não somente visando retorno para o negócio, mas, também, para contribuir por uma sociedade mais justa e equalitária – fator importante para a nova geração de consumidores, investidores e colaboradores”, explica a diretora de Gestão e Investimento Social da Comunitas, Patricia Loyola.
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