O motivo do encontro foi para analisar os primeiros resultados da ação, desenvolvida em parceria com a Comunitas
Na última semana, representantes da Comunitas visitaram a Escola Estadual Maria Andrade Resende, em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais. O centro educacional foi uma das três escolas selecionadas para integrar o Projeto Somar MG, programa de gestão compartilhada na Educação, que está sendo implementado em caráter experimental para a rede de ensino pública no Estado mineiro.
A visita foi acompanhada pela secretária de Educação, Júlia Sant’Anna; pelo chefe de gabinete de Educação, Gustavo Braga; pela subsecretária de Educação Básica, Izabella Cavalcante; e pela assessora estratégica, Clara Costa. A convite da Comunitas, o cientista político, professor do Insper e integrante da rede de mentores da Comunitas, Fernando Schuler, também participou do encontro.
De acordo com a equipe da secretaria de Educação mineira, o número de matrículas já supera as expectativas, com mais de 750 matrículas. Até o final de abril, a equipe do governo fará o acompanhamento dos resultados de presença e notas dos estudantes.
Outro ponto importante previsto no modelo desenhado para o Projeto Somar é que ao final de cada semestre, será realizada uma avaliação geral da gestão compartilhada, que abordará critérios de efetividade como carga horária (curricular e extra) e avaliação dos estudantes, bem como critérios de efetividade visando desempenho no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e PROEB (que é a avaliação da Rede Pública de Educação Básica no Estado) com indicadores de aprovação, reprovação, abandono, e indicadores de desempenho em matemática e língua portuguesa. Para Fernando Schuler, o Projeto Somar tem potencial de se tornar uma referência nacional. “A fase atual, de controle e captura de resultados, é fundamental”, lembra o especialista.
Conheça o Projeto Somar MG
O governo de Minas aposta em uma nova fórmula para tentar reduzir a evasão escolar, melhorar os índices de aprovação, avançar nas avaliações externas de desempenho dos estudantes e na qualidade do ensino médio nas escolas estaduais.
No modelo, o poder público cede lugar da gestão administrativa e pedagógica ao parceiro encarregado de “oxigenar” metodologias e abrir portas a experiências criativas e inovadoras. O Projeto Somar MG iniciou a experiência da gestão compartilhada de três escolas de Belo Horizonte e região metropolitana, que vai atender a aproximadamente 2,2 mil alunos. Os parceiros terão autonomia na condução das instituições, que atendem exclusivamente ao ensino médio, e continuarão sob o guarda-chuva institucional do Estado.
O Projeto Somar MG tem como inspiração as escolas charter, nos Estados Unidos, que são instituições mantidas com recurso estatal ou federal, mas com contrato para gestão privada feita por comunidades ou organizações sociais. Embora caminhem como colégios privados, continuam sendo públicos.
Na capital, farão parte desse piloto as escolas estaduais Maria Andrade Resende e Francisco Menezes Filho, ambas na Região da Pampulha. Na Grande Belo Horizonte, a escolhida é a Escola Estadual Coronel Adelino Castelo Branco.
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