A diretora de Gestão da Comunitas discorre sobre o tema da próxima edição do programa de formação internacional de gestores, a ser realizado em julho pela organização
A formação de lideranças públicas é fundamental para promover avanços na gestão pública brasileira. Por isso, o pilar “Formar” da Comunitas foca no fomento e na gestão de conhecimento, desde 2015, uma estratégia de ampliação de impacto das ações baseadas nessas duas ações, visando ter mais escala.
Por meio das formações internacionais busca-se contribuir para a capacitação e o conhecimento técnico das principais lideranças que estão à frente da gestão de estados e municípios, bem como apresentar práticas inovadoras que já estão sendo implementadas em outros países. Dessa forma, os gestores dos territórios apoiados pelas Comunitas tornam-se peças fundamentais para a transformação do setor público.
A Comunitas promoveu duas formações internacionais em parceria com universidades de renome mundial, a exemplo de Columbia, em Nova York, e Johns Hopkins, em Washington, destinadas a gestores públicos e parlamentares. Esse ano, a organização promoverá um novo programa de capacitação de lideranças do setor público, International Program For Public Leaders in Green Economy, com foco em energia verde, na universidade de Stanford, na Califórnia.
“Nosso objetivo é contribuir para a aceleração do processo de tomada de decisões para viabilizar uma economia verde e reiterar a relevância e impacto do setor público nesse contexto”.
A seguir, confira uma entrevista com a diretora de Gestão da Comunitas, Patricia Loyola, em que ela discorre acerca da importância dos programas de fortalecimento para a gestão pública e sobre a importância da economia verde para o desenvolvimento sustentável do Brasil.
1 – Por que a Comunitas realiza a produção e fomento de formações internacionais para lideranças públicas?
Temos uma rede potente de lideranças e as formações internacionais visam ampliar o olhar dos participantes para os desafios e oportunidades relacionados à sua ação como agentes implementadores de políticas públicas. Promovemos espaço de troca entre a rede e com especialistas internacionais prevendo o aprendizado entre pares, além de trazer a excelência de universidades renomadas, sempre mirando soluções práticas e estudos de casos, networking e visitas de campo.
2 – Como são selecionadas as temáticas que serão utilizadas e as lideranças envolvidas?
Como em tudo que a Comunitas faz, a definição da temática parte da escuta. A partir das demandas e dilemas centrais da nossa rede, modelamos a formação em conjunto com a universidade selecionada em cada programa. Além de convidar a nossa própria rede de líderes nos estados, municípios e parlamento, abrimos algumas vagas adicionais a partir de uma análise do perfil da liderança e do território em si.
3 – De que forma a formação “International Program for Public Leaders in Green Economy” pode contribuir com uma nova construção de mundo? Na sua visão, qual é a importância desse tema nos dias atuais?
Apesar da defesa pela agenda climática não ser um tema novo, há muito o que avançar na atuação complementar entre o desenvolvimento econômico atrelado ao desenvolvimento ambiental.
O papel do Brasil no debate climático global é de fundamental importância para o mundo inteiro. A maior parte da floresta amazônica está localizada em território brasileiro. A Amazônia é um amortecedor crítico contra as mudanças climáticas globais e, no entanto, está ameaçada por uma multiplicidade de fatores, incluindo o desmatamento.
Segundo o recém lançado relatório do Banco Mundial, quanto mais verde, mais rico nosso país será. “O Brasil tem a oportunidade de construir um futuro próspero, se adotar uma trajetória de crescimento de baixo carbono e resiliente ao clima. Com base em sua matriz energética verde e riqueza em recursos naturais, o Brasil poderia se beneficiar da tendência global de descarbonização e reduzir sua exposição aos riscos climáticos, favorecendo um modelo de crescimento diversificado e impulsionado pela produtividade, ampliando o uso de energia renovável, favorecendo a eficiência energética e o desenvolvimento resiliente, e reduzindo o desmatamento”
4 – Este ano, a formação internacional será realizada na Universidade de Stanford, na Califórnia, com foco na economia verde. Quais serão as principais pautas abordadas e de que forma o assunto pode contribuir com o desenvolvimento dos territórios brasileiros?
Diante da urgência de acelerar o processo de transição climática, o Brasil apresenta desafios e oportunidades únicas. No programa, serão abordados temas como transição energética, descarbonização, financiamento de projetos verdes, cidades resilientes e inteligentes, além de temas mais amplos como os desafios da democracia e retrocesso ao autoritarismo como tendência global, bem como resolução de problemas por meio da política pública.
Nosso objetivo é contribuir para a aceleração do processo de tomada de decisões para viabilizar uma economia verde e reiterar a relevância e impacto do setor público nesse contexto.
5 – A Comunitas já realizou outras formações internacionais? Caso sim, como foi feito o monitoramento de impacto? Como será feito o monitoramento do impacto desta formação?
Sim, em 2018, realizamos um programa voltado a prefeitos na Universidade de Columbia, em Nova York, e em 2019, modelamos uma formação com a LAD (Leadership Academy for Development) em parceria com as universidades de Stanford e Johns Hopkins, o programa aconteceu em Washington e foi voltado para governadores, prefeitos e parlamentares.
Nosso monitoramento de impacto acontece e acontecerá a partir da nossa própria metodologia de acompanhamento de todos os projetos implementados em cada território como parte do processo da governança compartilhada.
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