Comunitas e governo do Rio Grande do Sul se reúnem para discutir desafios e próximos passos no Estado

No encontro, foram debatidos os desafios e as estratégias para a recuperação local após as enchentes, reforçando a importância da governança compartilhada e da união entre os setores público e privado

Em reunião realizada hoje (28), representantes do Governo do Rio Grande do Sul e da Comunitas discutiram os desafios enfrentados pelo Estado e os próximos passos a serem tomados para a recuperação e desenvolvimento regional. O encontro contou com a presença do Governador Eduardo Leite, secretários de governo, bem como líderes empresariais e membros de organizações parceiras, todos unidos pelo objetivo de reconstruir o Rio Grande do Sul após a recente crise climática.

O governador agradeceu a parceria contínua da Comunitas, destacando a colaboração desde o seu primeiro mandato, na transição e na revisão do sistema previdenciário, além das carreiras do serviço público e da modernização do atendimento ao cidadão. “Temos dado ênfase na melhoria da performance da máquina pública e agora, mais do que nunca, precisamos aprimorar essa performance para a reconstrução do Estado”, afirmou ele. Leite ainda ressaltou a necessidade de uma estrutura de recursos humanos capaz de enfrentar os desafios impostos pela crise, enfatizando que a reconstrução exigirá um esforço constante e estratégico.

Entre os participantes da reunião, destacaram-se os representantes da Governança Nacional Marcelo Araújo, Diretor Corporativo e de Participações da Ultrapar; Antonio Simões, Diretor Presidente da Compass; Cláudio Borges T. Gaspar de Oliveira, Vice-Presidente de Relações Institucionais da Cosan (Raízen); Haroldo Stumpf e Ricardo Ernesto Corrêa da Silva, sócios da Intermetro; Rafael Poço, Head do Instituto Galo da Manhã; João Guilherme Ometto, acionista do Instituto João e Belinha Ometto; Nelson Sirotsky, membro do Conselho de Administração do Grupo RBS; e Marcelo Leite, CEO da Sulgás.

Representando os líderes locais, estiveram presentes Júlio Ricardo Andrighetto Mottin (Antonio Napp), Presidente do Conselho de Administração do Grupo Dimed Panvel; Anderson Cardoso do Transforma RS; José Galló, ex-Presidente do Conselho do Transforma RS e Renner; André Bier Gerdau Johannpeter, Vice-Presidente do Transforma RS e Gerdau; e Ronald Krummenauer, CEO do Transforma RS.

Além desses, o Governo do Estado do Rio Grande do Sul esteve representado pelo governador Eduardo Leite; o vice-governador Gabriel Souza; Antônio Padilha, Diretor Executivo do RS Seguro; e Rodrigo Neves, representante da SEFAZ RS.

Marcos Lutz, do Núcleo de Governança da Comunitas, destacou o compromisso do governo e a importância da união entre setores público e privado para superar os desafios. “Momentos de crise mostram a relevância de uma governança compartilhada. A iniciativa privada tem demonstrado uma energia e comoção enormes para ajudar na reconstrução do Estado, o que nos dá esperança”, afirmou. Ele também reiterou o apoio incondicional da Comunitas ao Governo do Rio Grande do Sul e ao povo gaúcho.

Plano Rio Grande: estratégias para a reconstrução e resiliência do Rio Grande do Sul

Durante a reunião, o governador apresentou o Plano Rio Grande, uma iniciativa robusta para enfrentar a crise, comparável ao Plano Marshall, estratégia implementada pelos Estados Unidos de apoio à reconstrução dos países da Europa Ocidental destruídos após a Segunda Guerra Mundial. Leite destacou os números alarmantes da situação: 469 municípios afetados, mais de 55 mil pessoas em abrigos, 56 desaparecidos e 169 óbitos. As ações de resgate continuam, com quase 700 policiais e bombeiros de outros estados mobilizados.

A perda de arrecadação, estimada em R$ 11 bilhões, também foi mencionada e o governador explicou que já solicitou compensações ao governo federal, além da suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União. “Não há expectativa de fazer toda a reconstrução em dois anos de mandato. Precisamos que este plano seja assimilado pela sociedade e demandado dos futuros governos para garantir sua continuidade”, explicou Leite.

Nelson Sirotsky, representante dos empresários gaúchos, expressou satisfação com o avanço da governança e a compilação de dados para enfrentar a crise. “Nosso propósito é ajudar na integração do público com o privado. Esse tipo de reunião é muito positiva para estabelecer uma governança de integração”, disse ele.

Cloves Carvalho, Diretor do Instituto Votorantim e membro da Governança da Comunitas, complementou, comentando sobre a importância de não deixar o líder isolado e reafirmou o apoio contínuo ao governador. “Estamos juntos para enfrentar esses desafios”, afirmou.

Eduardo Leite concluiu o encontro enfatizando a necessidade de fortalecer a estrutura técnica e tecnológica da Defesa Civil do Estado, convidando todos a apoiarem no mapeamento, sistema de monitoramento e alerta, e na disseminação da cultura de defesa civil. “Precisamos de uma governança robusta para enfrentar essa crise e garantir a sustentabilidade e resiliência do Rio Grande do Sul”, finalizou o governador.

Regina Esteves, diretora-presidente da Comunitas, destacou a importância da governança para desenhar políticas eficazes e apoiar diretamente as famílias atingidas. Ela mencionou o Fundo Reconstrua RS, voltado à educação, que está sendo utilizado para reformar e reconstruir escolas afetadas pela crise. “Com um planejamento claro e a colaboração entre os setores, o Rio Grande do Sul caminha para a reconstrução e fortalecimento de suas estruturas, visando um futuro mais resiliente e sustentável para todos os gaúchos”. 

Fundo Reconstrua RS

A Comunitas, por meio de uma governança compartilhada entre a iniciativa privada e o poder público, está apoiando o governo do RS por meio da criação do fundo #ReconstruaRS. A iniciativa foca no desenvolvimento de ações estruturantes, com prioridade inicial na retomada às aulas.

O fundo adota um modelo de governança colaborativa, em que a Comunitas atua em estreita coordenação com o Governo Estadual e/ou Governos Municipais e demais partes interessadas, incluindo doadores privados e organizações da sociedade civil. Essa abordagem compartilhada visa garantir a ampliação do impacto do investimento social ao promover o alinhamento das ações às políticas públicas, além de dar transparência, eficácia e prestação de contas na utilização dos recursos arrecadados.

Comunitas e Rio Grande do Sul

O Rio Grande do Sul integra a rede de territórios apoiados pela Comunitas desde 2018. A partir de então, a organização apoiou diversas iniciativas no Estado, inclusive em situações de crise. Durante a pandemia, por exemplo, foi criado o protocolo de distanciamento controlado com vistas à retomada segura das atividades econômicas. O modelo, inclusive, foi replicado em outros territórios da rede. 

Além disso, a Comunitas apoiou o Estado na modernização do Estatuto dos Servidores Públicos, com o objetivo de identificar fragilidades jurídicas, sugerir medidas para otimização de recursos e promover a racionalidade administrativa. A iniciativa foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul em 2020 e projeta um retorno de mais de R$ 13 mil para cada R$ 1 investido pela organização ao longo dos próximos 10 anos.

Outra ação apoiada pela Comunitas no Estado foi a criação e implementação de diversas políticas, como a modernização da cultura organizacional do Rio Grande do Sul, em parceria com o escritório de Betânia Tanure (BTA), visando a melhoria da prestação dos serviços prestados à população por meio da valorização do servidor.

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