A entrevista com o ex-governador de São Paulo é uma das etapas da sistematização do conhecimento sobre o processo de construção do Centro de Produção Multipropósito de Vacinas
Crédito da Imagem: Acervo Comunitas
João Dória, ex-governador de São Paulo, participou de um encontro na manhã de hoje (21) com membros da Comunitas para falar sobre as etapas do projeto que resultaram na construção da Fábrica de Vacinas do Butantan. A entrevista com o antigo gestor é uma etapa fundamental para a produção da nova cartilha da organização, que trará a sistematização do conhecimento adquirido pelo governo paulista e pela Comunitas ao longo de todo processo. Participaram da reunião Dayane Reis, diretora de Conhecimento, Conhecimento e Inovação, Mariana Nascimento Collin, gerente de Inovação, ambas da Comunitas, e Bruna de Morais Holanda, pesquisadora.
A nova publicação da Comunitas tem como objetivo sistematizar e compartilhar o conhecimento acerca da mobilização para a construção do Centro de Produção Multipropósito de Vacinas (CPMV), cuja obra civil foi entregue para a população paulista no final de março. A cartilha abordará todo o processo, desde a idealização até os resultados obtidos, registrando a participação dos diversos atores, bem como levantar aprendizados e recomendações para o fortalecimento da governança compartilhada no Brasil.
A cartilha também abordará aspectos importantes sobre o projeto, como a história da nova Fábrica de Vacinas, a metodologia usada ao longo de todo processo e o passo a passo para a construção. Além disso, falará do legado da iniciativa e quais foram os avanços que as obras do CPMV trouxeram do ponto de vista da gestão pública, os desafios que ações como essa representam para mudanças importantes na legislação e as perspectivas de futuro envolvendo obras públicas a partir do projeto da Fábrica.
Conversa com Dória
Para o ex-governador, o apoio da Comunitas foi fundamental ao longo de todo o processo, reduzindo burocracias e conferindo celeridade à implantação da nova Fábrica de Vacinas. De acordo com ele, a emergência sanitária que o país atravessou durante a pandemia foi um dos fatores chaves para agilizar as obras do empreendimento.
“Nós não teríamos condições de fazer uma fábrica com investimentos governamentais. Não por faltar recursos, mas por conta do tempo e a velocidade necessária para implantação da Fábrica. Sendo financiada pelo setor privado, nós não precisávamos seguir os ritos públicos para processar um projeto de aquisição de serviços e de construção civil”.
A mobilização para a construção do CPMV envolveu 75 empresas e arrecadou R$ 189 milhões, recursos que foram destinados não apenas para a obra civil, mas também para a aquisição de maquinário de ponta para a nova Fábrica, um processo que seria ainda mais desafiador caso o governo paulista optasse por seguir os trâmites legais para a realização de uma obra pública. “Uma fábrica de vacinas exige, também, aquisição de equipamentos importados, de última geração. Não se pode comprar pelo menor preço, e, sim, o melhor equipamento. A legislação brasileira ainda não regula adequadamente esse tipo de investimento. Já pelo setor privado, nós conseguiríamos ter os melhores equipamentos e a melhor governança”, defendeu ele.
Dória também explicou os motivos que o levaram a convidar a Comunitas para gerenciar todo o processo. “Convidamos a Comunitas para cooperar nesse projeto pois a organização já vinha atuando em outros projetos com o governo. A capacidade de liderança da Comunitas e de seus associados, junto a vários setores da economia privada, resultou em uma parceria de eficiência, confiabilidade, operacionalidade e conhecimento”.
Para saber mais sobre a construção do CPMV, acesse este link.
Gestão do conhecimento
O lançamento da cartilha faz parte da estratégia de atuação da Comunitas, que acredita na geração e compartilhamento de aprendizados para que seja possível mudar a realidade e a forma de governar o Brasil. Todo o conhecimento é disponibilizado na plataforma Rede Juntos.
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