A ação faz parte do projeto de macroestruturação urbana de Santos, criado em parceria com o escritório de arquitetura Jaime Lerner e a Comunitas
Habitação é mais que uma estrutura física para se morar. É lar, conforto e segurança para se viver. Além disso, ter um local digno para habitar é um direito social básico e humanitário. Deste modo, com o intuito de conscientizar a sociedade como um todo e chamar a atenção para projetos voltados à área, celebra-se o Dia Nacional da Habitação no dia 21 de agosto.
A data foi instituída há 57 anos, em 1964, e marca a criação do Banco Nacional de Habitação (BNH) e do Sistema Financeiro da Habitação (SFH). A partir de então, vários programas foram implantados no Brasil com o intuito de viabilizar condições de moradias a pessoas de baixa renda e em situações de vulnerabilidade social, a exemplo do Minha Casa, Minha Vida (hoje, Casa Verde e Amarela).
A maior parte do uso urbano de um município é ocupado pela moradia. E quando se fala sobre moradia, é muito importante lembrar que não se discute falando apenas de uma casa. É necessário pensar que, nessa casa, precisa chegar água, saneamento, acesso fácil a modais de transporte e diversas outras questões. A moradia tem que estar ligada à cidade. Portanto, o direito à moradia é, na verdade, o direito à cidade, que inclui moradia com tudo aquilo que complementa a vida urbana.
Pensando no melhor desenvolvimento da cidade, a Comunitas apoiou, em Santos, um projeto de macroestruturação urbana feito em parceria com o escritório de arquitetura Jaime Lerner em 2018. Uma das ações previstas é, justamente, o Parque Palafitas. A iniciativa prevê a construção de moradias seguras acima das águas, em substituição às residências feitas de material que se deterioram com o passar do tempo e estão sujeitas à submersão.
O projeto
O Parque Palafitas é um projeto que busca repensar, conceitualmente, a moradia popular e reorganizar as residências já construídas nas áreas de mangue, dando uma solução social, sustentável e técnica para a criação de novas habitações. Atualmente, cerca de seis mil famílias moram em condições insalubres no Dique da Vila Gilda, na região Noroeste da cidade.
A ideia é construir conjuntos habitacionais na área seca e casas com estruturas pré-fabricadas sobre a água. A iniciativa também prevê a construção de áreas de lazer, de comércio, parques, equipamentos públicos e de regeneração do mangue.
Viabilização do projeto
A prefeitura de Santos pretende levar tecnologia de ponta, com fundações, estaqueamento e tudo o que há de mais inovador em engenharia de obras. Assim, além da melhoria da qualidade de vida e de estética, o objetivo é fornecer segurança às famílias da região, que vivem com medo constante de perder suas casas.
Com o projeto executivo, a prefeitura entrará em etapa de captação de recursos para a implantação do piloto que, além da construção de residências sobre as águas, também prevê prédios na área continental, que visam o adensamento populacional, instalação de infraestrutura e preservação do mangue.
O prefeito da cidade paulista, Rogério Santos, salientou como a parceria com a Comunitas possibilita pensar as ações municipais de forma estratégica, com apoio técnico e credibilidade.
“Acreditamos que Santos tem um potencial enorme para ser um laboratório de inovação e para a redução das desigualdades e sabemos que podemos continuar contando com o apoio da Comunitas”. Rogério Santos, prefeito de Santos.
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