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Comunitas participa de webinário da Frente Nacional de Prefeitos e da Fundação Vanzolini

O seminário virtual objetivou debater a gestão municipal na era dos dados, além de promover conexões e trocas de conhecimento entre gestores municipais em torno de experiências de inovação aberta

Na última terça (16), a Fundação Vanzolini, em parceria com a Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e o Fórum InovaCidades, promoveu o terceiro seminário virtual da série de webinários sobre inovação na gestão municipal com a temática da gestão municipal na era dos dados. Durante o encontro foram discutidas as possibilidades, vantagens e desafios da Inovação Aberta no contexto da administração pública nas prefeituras. Mariana Nascimento Collin, gerente de Conhecimento e Inovação da Comunitas, foi uma das palestrantes, ao lado do prefeito de São Vicente (SP), Kayo Amado, e do secretário de Governança de Maceió (AL), Antônio Carvalho.

A proposta do encontro foi promover a expansão dos limites dos setores da administração municipal na busca por soluções para os seus desafios na gestão pública. Assim, as práticas da Inovação Aberta podem servir como trampolim para acelerar o fluxo de aperfeiçoamento das instituições, trazendo ideias e soluções de diferentes agentes internos e externos para que apoiem na resolução de desafios práticos. 

No encontro, foi possível discutir sobre os aspectos que envolvem o campo da Inovação Aberta no setor público, tais como metodologias, iniciativas bem-sucedidas, possibilidades de parcerias, desafios e atualizações sobre os fundamentos legais da área de inovação. Participaram do encontro mais de 50 gestores públicos municipais de territórios do norte ao sul do Brasil. 

Os encontros com especialistas, prefeitos e prefeitas, secretários e secretárias e equipes técnicas têm como objetivo promover conexões e trocas de experiências em torno de pautas inovadoras na gestão municipal, possibilitando que prefeitos e prefeitas, bem como suas equipes técnicas, tenham acesso a conhecimentos práticos e atualizados, que sirvam de referência para o desenvolvimento de serviços mais inclusivos, mais acolhedores e mais eficientes. 

Foto da tela do computador. Nela, aparecem os palestrantes do evento.

Crédito: Acervo Comunitas

Como pensar e fazer uma gestão aberta à inovação? 

Em sua apresentação, Mariana Nascimento Collin, ofereceu sugestões de como desenvolver iniciativas de Inovação Aberta e trouxe exemplos concretos de experiências municipais recentes, como as cidades de Recife (PE) e Mogi das Cruzes (SP). Ela destacou a importância de espaços de diálogo como o do encontro, já que muitas vezes é associado à inovação a necessidade de criar uma novidade, quando, a depender do contexto de cada município, para inovar, não é preciso “reinventar a roda”, muitas vezes inovar pode ser  adaptar iniciativas que deram certo em outros lugares para a realidade local. 

Como Mariana salientou durante o encontro, a Inovação Aberta é um modelo de gestão da inovação baseado na colaboração com agentes externos. Sendo assim, a inovação acontece quando uma instituição pública colabora com outras organizações e grupos de pessoas (cidadãos, empresas, academia, sociedade civil, etc.) para encontrar soluções a desafios de interesse público. 

Na última década, iniciativas de Inovação Aberta vêm sendo implementadas por governos no mundo e no Brasil a partir de três observações. Primeiro,  porque os governos não conseguem resolver todos os desafios sozinhos, ainda mais em um contexto em que as dores da administração pública estão cada vez mais complexas e multifacetadas. Segundo, por que, principalmente no Brasil, a administração pública enfrenta muitas barreiras no processo licitatório para contratar soluções inovadoras, e, terceiro, porque os governos têm um papel fundamental em  impulsionar e promover o ecossistema empreendedor local por meio de compras públicas. Dessa forma, iniciativas de Inovação Aberta podem ter objetivos desde fomentar o debate em torno de um desafio e tema específico, gerar e testar novas ideias, e até contratar soluções inovadoras. 

Independente do objetivo, Mariana salientou durante o encontro que “Inovação Aberta é uma ferramenta poderosa para gerar novas soluções a antigos problemas, aproximar o governo da população e fazer uma gestão compartilhada do território com os atores locais.”

Para conferir a participação de Mariana Nascimento Collin no debate, acesse este link

Inovação em São Vicente   

Muito embora o objetivo do encontro fosse discutir inovações na gestão pública, o prefeito de São Vicente, Kayo Amado, salientou que ainda existem muitas cidades no país enfrentando desafios graves em aspectos básicos de gestão. “Ter um diagnóstico das dores municipais é muito importante para que se possa fazer um paralelo entre o que é básico e o que a gente está se esforçando para dar saltos de inovação”. 

Amado explicou que é necessário que a gestão municipal consiga firmar parcerias que possam apoiar as prefeituras a solucionar os desafios enfrentados, para que, a partir daí, seja possível buscar por inovação e, consequentemente, avanços na gestão, desenvolvimento da cidade e na qualidade de vida da população. “Nós estamos buscando fazer uma gestão inovadora e para isso as parcerias são fundamentais. Uma das parcerias mais promissoras que estamos desenvolvendo no momento é com  a Fundação João Goulart, da Prefeitura do Rio de Janeiro, e a Comunitas, para desenvolver um projeto de replicabilidade do projeto Nudge Rio na prefeitura de São Vicente. Por meio dessa parceria, vamos promover uma capacitação dos servidores para que possamos dar os primeiros passos na mudança da cultura organizacional e valorização do servidor com o uso de ciências comportamentais”. 

Dentre os avanços realizados em São Vicente, Amado enumerou iniciativas como a implementação da modernização do processo eletrônico (programa Sem Papel), com o objetivo de reduzir a emissão de documentos em papel e diminuir em 65% o tempo das solicitações; a realização da primeira edição do concurso Inova São Vicente, com a finalidade de promover a cultura de inovação entre os servidores e atrair parceiros que trabalham na área para o município; e o projeto de macroestruturação estratégica do município paulista no projeto de 500 anos da cidade, em 2032. 

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