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Minas Gerais e Comunitas iniciam projeto para apoiar o desenvolvimento de políticas públicas para combater a pobreza no Estado

Através dessa iniciativa, será realizada uma pesquisa qualitativa pioneira para mapear o cenário das pessoas em situação de maior vulnerabilidade, visando o aprimoramento das políticas públicas

Crédito da Imagem: Jornal Extra

Na manhã da última terça (20), a Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE) deu início ao projeto de mapeamento qualitativo com vistas a entender as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade social no Estado, com foco em zonas urbanas. A iniciativa, que conta com o apoio da Comunitas, será realizada em parceria com o Data Favela, instituto de pesquisa voltado para dar visibilidade às atividades econômicas das comunidades de baixa renda. A perspectiva é que os resultados do estudo sejam entregues em agosto. 

O objetivo principal do projeto é mapear as percepções de longo prazo das pessoas em situação de vulnerabilidade em regiões selecionadas de Minas Gerais e como os serviços vêem essa percepção, a fim de aprimorar as políticas públicas direcionadas à população mais vulnerável e romper o ciclo de pobreza.

“Com esse projeto, queremos buscar melhor qualificação, empregabilidade e inclusão produtiva por meio de uma política pública baseada em dados e evidências” – Elizabeth Jucá

Para isso, o Data Favela fará um mapeamento junto à população em situação de vulnerabilidade social, por meio grupos de discussão, e da realização de entrevistas em profundidade com gestores de serviços públicos de sete cidades: Belo Horizonte, Santa Luzia, Montes Claros, Januária, Uberlândia, Juiz de Fora e São Francisco. Além disso, também serão entrevistados participantes do Projeto Recomeço, iniciativa da SEDESE que buscou aproximar pessoas impactadas pelo desemprego de novas oportunidades de trabalho durante a pandemia.  

Desafios

Atualmente, o cenário da pobreza da população dos centros urbanos de Minas Gerais tem causado grande preocupação aos gestores do Estado. De acordo com dados da SEDESE, existem mais de cinco milhões de mineiros em situação de pobreza nas regiões centrais das cidades, dos quais 2.4 deles encontram-se em situação de pobreza crônica (ou seja, sempre estiveram em situação de vulnerabilidade), com apenas R$ 210 mensais per capita para sobrevivência. Outro dado alarmante é que 1.8 milhões encontram-se desocupados. Apesar do cenário, a pasta tem enfrentado desafios para inserir as pessoas no mercado de trabalho. 

A Secretária de Desenvolvimento Social, Elizabeth Jucá, enfatizou que o mapeamento será de grande importância para identificar oportunidades de intervenção em nível estadual para combater o ciclo de pobreza de forma mais efetiva. “Esse levantamento vai dar assertividade na oferta de qualificação profissional e empregabilidade no Estado. O ideal é focarmos nas necessidades das pessoas, pois ofertar políticas sem ouvi-las é um grande erro do setor público. Com esse projeto, queremos buscar melhor qualificação, empregabilidade e inclusão produtiva por meio de uma política pública baseada em dados e evidências”, declarou ela.

 

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