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4ª especialista da Jornada Líderes da Saúde fala de inovação para engajar pessoas

Coordenadora-geral do GNova, da Enap, Marizaura Camões, defende a necessidade de se formar um novo olhar para a gestão de pessoas

 

Crédito: Enap

Uma nova especialista chegou para somar no processo formativo das equipes participantes da Jornada Líderes da Saúde. A coordenadora-geral do GNova, laboratório de inovação da Escola Nacional de Administração Pública (Enap), Marizaura Camões, foi apresentada na manhã de sexta (10) para os times de Ananindeua (PA), Fortaleza (CE), Pelotas (RS) e Petrolina (PE). 

O encontro teve a finalidade de apresentar Marizaura às equipes, além de permitir que os participantes dialogassem com a especialista acerca dos projetos-pilotos que estão sendo idealizados para solucionar os desafios enfrentados na gestão de pessoas das secretarias de saúde dos municípios em questão. 

Marizaura é psicóloga, especialista e mestre em gestão de pessoas e organizações, além de doutoranda em administração pública. Desde 2004, tem se dedicado às temáticas de gestão de pessoas e inovação no setor público como objeto de trabalho, pesquisa e produção de conhecimento. 

Marizaura: “Vocês podem e devem ter um novo olhar para a gestão de pessoas”

Marizaura começou sua apresentação falando da frustração que sofreu ao tentar implementar um programa de avaliação de desempenho 360º (método de análise dos funcionários que une autoavaliação e avaliações dos que trabalham com ele, incluindo subordinados, líderes e colegas de trabalho) no início de sua trajetória profissional. Para ela, o resultado não foi tão eficaz porque, dificilmente, as pessoas querem ser responsáveis por prejudicar um colega ou têm medo de sofrer represálias do seu líder por uma avaliação desfavorável. “Essa receita vem muito dos EUA e isso pode não condizer com a realidade brasileira e o nosso serviço público”, defendeu a especialista. 

Ao longo de sua carreira, ela percebeu que existem alguns fatores principais que podem desengajar servidores. Um deles é não se atentar para a necessidade do equilíbrio entre a vida profissional e pessoal do funcionário. Outro, é quando as pessoas não se sentem ouvidas, por exemplo. Ela também evidenciou a importância de se criar espaços de reconhecimento para as equipes, ao invés de focar apenas no indivíduo, visto que, no serviço público, nada é feito individualmente.

Por outro lado, existem estratégias que podem ajudar no engajamento do servidor. Marizaura ressaltou algumas boas práticas que têm sido aplicadas ao serviço público com resultados bastantes positivos. Dentre os exemplos citados por ela, destacam-se a revisão de mecanismos de recrutamento e retenção de funcionários, com foco na vocação para o serviço público, investir em carreiras que possibilitem a mobilidade profissional, bem como investimento na formação de lideranças. “É importante investir na formação de lideranças, não apenas com cursos, mas também com mentorias que podem auxiliar pessoas em cargos de chefia para superar suas deficiências como gestor”. 

“Se vocês estão em um projeto de inovação, vocês não podem fazer mais do mesmo. Vocês podem e devem ter um novo olhar para a gestão de pessoas, em especial na área da saúde, que tem um papel tão central nos governos”, finalizou Marizaura. 

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