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Confira 8 destaques da formação internacional em Stanford

Há duas semanas, a Comunitas concluiu mais uma edição do programa de formação internacional. O projeto, que, neste ano, foi desenvolvido a partir de uma parceria com a Leadership Academy Development (LAD), foi realizado na Universidade de Stanford, na Califórnia, e contou com 24 pessoas na comitiva, entre lideranças públicas e privadas, das 5 regiões do Brasil. 

O curso, que tratou de economia verde, teve duração de 5 dias e foi desenvolvido com o objetivo de proporcionar conhecimento técnico e oportunidades de aprendizado para impulsionar o desenvolvimento de lideranças engajadas na promoção do crescimento sustentável. Ao todo, foram mais de 45h de programação, com aulas de mais de 10 especialistas, dentre professores de Stanford e líderes empresariais.

A seguir, confira uma lista com os 8 principais destaques da formação. 

1 – Estudo de Caso – Construindo Gaobeidian: Desenvolvendo Infraestrutura Ambiental da Pequim Moderna

Neste estudo de caso, conduzido pelo professor Michael Bennon, foram exploradas questões cruciais ligadas à implementação de projetos de infraestrutura, considerando a influência de fatores políticos, econômicos e institucionais. A análise, feita a partir da experiência do Grupo de Drenagem de Pequim (BDG) e sua iniciativa de expandir e gerenciar a infraestrutura de tratamento de águas residuais da cidade, apresentou debates essenciais para os desafios de grandes empreendimentos.

As discussões centraram-se nos desafios atrelados a projetos desse porte, como o crescimento populacional acelerado de Pequim e questões orçamentárias. Nesse contexto, instituições internacionais desempenharam um papel importante, onde o compliance mostrou-se vital para o sucesso. Além disso, o aprendizado institucional e a renegociação de concessões revelaram-se fundamentais para solucionar os desafios enfrentados ao longo das obras.

Os debates realizados ao longo do estudo de caso ampliaram a compreensão da interseção entre instituições, financiamento e desenvolvimento de infraestrutura, ressaltando a necessidade de colaboração entre atores globais e o aprendizado contínuo para enfrentar desafios complexos na implementação de projetos de infraestrutura.

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2 – Palestra sobre transição energética e sua conexão com veículos elétricos, com o executivo da General Motors, Ty Jagerson 

A aula, ministrada por Ty Jagerson, abordou a importância da transição para a energia renovável, a necessidade de políticas e infraestrutura adequadas, bem como a utilização de tecnologias para maximizar a eficiência e a sustentabilidade energética.

O debate abordou a transição global para energia renovável, sua conexão com veículos elétricos e o impacto das políticas de subsídios nos EUA. O hidrogênio de baixo carbono também foi discutido como alternativa para veículos elétricos, destacando a necessidade de incentivos. A gestão eficiente da energia renovável com tecnologia, como software de gerenciamento e algoritmos de previsão, também foi enfatizada. Além disso, outros tópicos debatidos incluíram a vida útil das baterias de veículos elétricos e a importância das políticas de reciclagem para lidar com os resíduos gerados.

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 3 – Visita à Escola de Sustentabilidade

No encontro, após a apresentação detalhada sobre a criação do centro – que marca a primeira escola criada pela Universidade de Stanford em 75 anos –, houve uma sessão de perguntas e respostas, em que foram abordados diversos temas, como o financiamento da escola, estratégias para sustentá-la, e a importância do debate sobre combustíveis em meio ao crescimento populacional e o combate ao aquecimento global. 

A escola busca parcerias com empresas e valoriza o envolvimento global de seus alunos, proporcionando experiências em outras partes do mundo, o que foi também discutido durante a sessão de perguntas e respostas. Essa interação reforça o compromisso da instituição com a educação, colaboração e ação em prol da sustentabilidade.

4 – Palestra sobre contabilidade de carbono e o caminho para o Net Zero

Durante o encontro com a professora Alicia Seiger, foi discutida a contabilização de carbono e os desafios associados a esse tema, a exemplo da tentativa de buscar soluções para problemas ambientais por meio da precificação do carbono.

A noção de Net Zero tem ganhado força desde 2018, porém ainda enfrenta imbróglios ligados à equidade e a questões como a precificação inadequada de ativos e políticas habitacionais. A contabilização de carbono desempenha um papel crucial na jornada em direção ao Net Zero, sendo imperativo considerar os distintos escopos de emissões e assegurar transparência e consistência nos modelos e projeções. A padronização das regras de contabilidade de carbono em nível global também foi discutida como forma de superar a heterogeneidade dos padrões atuais e transformar o paradigma relacionado ao fluxo de carbono.

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5 – PPPs para aprimorar a infraestrutura

Na aula sobre parcerias público-privadas, foram abordados conceitos relacionados à infraestrutura e como o investimento nessa área pode ser financiado. Também foi enfatizado como o investimento nessa área pode ser viabilizado, inclusive por meio de casos práticos de concessões. Além disso, foi destacada a importância da neutralidade em relação a riscos ao tomar decisões de investimento em infraestrutura.

Foi mencionado que em algumas ocasiões, a concessão de infraestrutura para empresas privadas pode gerar problemas, como nos casos em que pedágios e tarifas se tornam lucrativos e são usados para outras finalidades, causando insatisfação na população. A questão da origem do dinheiro para financiar projetos e como ele é utilizado também foi abordada, mostrando como isso pode impactar a viabilidade e aceitação dos projetos.

A aula também apresentou alguns estudos de caso específicos, como o transporte rápido da Bay Area para Los Angeles, onde a origem do financiamento era o pedágio da ponte Golden Gate. Esses exemplos concretos ajudaram a compreender melhor os desafios e nuances das parcerias público-privadas na área de infraestrutura.

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6 – Aulas com os professores Fukuyama, Leeds e Bennon

Em sua aula, o diretor do centro de ciências políticas da Universidade de Stanford, Francis Fukuyama, destacou que a resolução de problemas públicos requer uma abordagem sistêmica e flexível, envolvendo as partes interessadas, explorando diversas soluções e prototipando as iniciativas para testar a viabilidade.

Já o professor Roger Leeds enfatizou a falta de recursos e conhecimento para superar desafios, bem como a ausência de colaboração efetiva entre o Estado, Governo Estadual, Governo Federal e Iniciativa Privada. Para impulsionar o crescimento e a competitividade das empresas, ele também defendeu a necessidade de mitigar riscos, fortalecer lideranças e promover uma maior colaboração entre os diferentes atores envolvidos.

Por outro lado, Michael Bennon destacou a importância dos pilares fundamentais das parcerias público-privadas (PPPs), com ênfase na avaliação ambiental em investimentos de projetos de desenvolvimento urbano. Ele também abordou a relevância das reformas de governança para enfrentar os desafios das mudanças climáticas, destacando a importância de deliberação nessas questões e a interconexão entre economia, democracia e mudanças climáticas.

7 – Visita ao Bay Area Council

A visita ao Bay Area Council trouxe importantes insights para os participantes da formação, como o impacto positivo da inovação e da busca por soluções tecnológicas e sustentáveis na região da Baía de São Francisco. A colaboração entre universidades, laboratórios, empresas e investidores de capital de risco demonstrou como parcerias estratégicas podem impulsionar o desenvolvimento e a aplicação de tecnologias sociais e ambientalmente sustentáveis.

O exemplo do edifício 181 Fremont ilustrou como o design inovador pode abordar questões urbanas complexas, como trânsito e densidade populacional, enquanto prioriza a sustentabilidade. Além disso, a busca por combustíveis renováveis e a descarbonização do transporte, com destaque para os biocombustíveis derivados da cana de açúcar, ofereceu um modelo de transição para energia limpa, demonstrando a viabilidade de soluções escaláveis em setores desafiadores, inclusive na aviação.

A abordagem sustentável do Porto de Oakland, com a adoção de veículos elétricos e energia solar, ressaltou o potencial das estratégias ecologicamente responsáveis no contexto logístico. A busca por uma frota de caminhões com zero emissão destacou os desafios a serem enfrentados, incentivando os líderes públicos a priorizarem a pesquisa e a inovação tecnológica para atingir metas ambiciosas de sustentabilidade.

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8 – Integração entre os setores e fomento a troca de experiências 

A formação internacional em economia verde proporcionou um ambiente favorável à troca de conhecimento e experiências entre os participantes dos setores público, privado e academia. A governança compartilhada sai fortalecida, uma vez que o diálogo entre esses setores diversificados permite a identificação de desafios comuns e a busca por soluções mais abrangentes e sustentáveis

Também é importante destacar as trocas entre o executivo e legislativo, visto que as perspectivas complementares enriquecem as discussões e fomentam a criação de políticas mais eficazes e alinhadas com o desenvolvimento socioambiental. 

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