Por meio do Programa Juntos, que visa estimular parcerias entre os setores público e privado, a organização apoiou mais de 50 projetos em 2023, focando no impacto positivo na vida de milhares de brasileiros. Confira!
Imagem de uma das oficinas realizadas no âmbito do projeto de Regionalização da Saúde de SP. Crédito da Imagem: Acervo Comunitas
Em um ano marcado por grandes desafios, a Comunitas demonstrou mais uma vez seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico do Brasil por meio do Programa Juntos – iniciativa liderada pela organização com o objetivo de estimular parcerias entre os setores público e privado que melhorem a gestão pública. Em 2023, a Comunitas apoiou a execução e a implementação de mais de 50 projetos, em parceria com 24 territórios (sendo 18 municípios e seis estados).
Por meio de uma governança compartilhada consolidada, a Comunitas promoveu ações que impactaram positivamente a vida de milhares de pessoas em todo o Brasil, divididos em três eixos temáticos: Desenvolvimento Econômico, Gestão e Serviços Públicos:
- Desenvolvimento Econômico – Ações que visam fortalecer a base econômica e gerar um impacto positivo na sociedade, como combate à pobreza, preservação do meio ambiente, promoção da sustentabilidade e melhoria da mobilidade urbana;
- Gestão – Ações para contribuir com a eficiência operacional e o fortalecimento da governança em municípios e estados, com vistas ao desenvolvimento sustentável, como planejamento estratégico, aprimoramento de práticas de gestão de pessoas, facilitação de processos de contratualização e fomento à inovação;
- Serviços Públicos – Ações para melhorar a qualidade e acessibilidade dos serviços oferecidos à população, com o intuito de impactar positivamente a vida dos cidadãos em todo o país em áreas como saúde, segurança e educação.
A seguir, confira uma lista com os destaques da atuação do Programa Juntos em 2023 em parceria com os territórios:
1 – Criação de um Escritório de Gerenciamento de Projetos para identificar ações prioritárias para a realização da COP-30 no Pará
A COP-30, Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, será realizada pela primeira vez no Brasil, no Estado do Pará, em 2025.
A Comunitas vem apoiando o Estado, por meio de uma parceria com a Accenture, com a criação de um Escritório de Gerenciamento de Projeto (EGP) para a priorização dos projetos a serem realizados para a 30ª edição da COP. O EGP será responsável por alinhar os projetos mais importantes para o sucesso do evento e garantir que eles sejam executados de forma eficiente e eficaz.
Além disso, a criação do EGP deixará um legado valioso para o Pará, com ferramentas de gestão e metodologias que permitirão o monitoramento contínuo de projetos futuros.
2 – Regionalização da saúde para aprimorar a equidade e o acesso aos serviços prestados
O projeto, que é realizado em parceria com JFV Consultoria em Saúde, e conta com a expertise do ex-coordenador executivo do centro de contingência de combate à Covid-19, João Gabbardo, busca organizar um conjunto de ações e serviços de uma divisão territorial específica, com foco em eficiência e coordenação na prestação de cuidados e alocação de recursos na região. A ideia é ampliar a disponibilidade de serviços médicos, reduzindo filas de espera e a distância que os cidadãos precisam percorrer para obter atendimento.
Com aproximadamente 40% dos orçamentos municipais já destinados à saúde, o maior desafio é a falta de integração entre as prefeituras, dificultando a distribuição eficaz e igualitária de serviços de qualidade.
Para isso, uma das ações foi a realização de oficinas, envolvendo autoridades e profissionais de saúde, para analisar as necessidades de cada uma das 17 Macrorregiões de Saúde de São Paulo, com o objetivo de facilitar a colaboração entre autoridades locais e prestadores de serviços, fortalecendo a capacidade de cada Região de Saúde para organizar e coordenar a oferta de serviços, promovendo, assim, uma distribuição mais justa dos recursos, bem como uma revisão mais precisa da tabela de procedimentos médicos.
3 – Modernização da cultura organizacional com foco na valorização do servidor para melhoria dos serviços prestados à população no Rio Grande do Sul e em Minas Gerais
Os governos de Minas Gerais e do Rio Grande do Sul estão promovendo melhorias na cultura organizacional de órgãos públicos, visando implementar um ambiente mais eficiente e comprometido com a prestação de serviços públicos de qualidade. Ambos os estados têm adotado abordagens estratégicas para fortalecer o espírito público entre os servidores, envolvendo gestores e líderes no processo.
Em Minas Gerais, o “Projeto Valores e Práticas” surgiu como uma jornada para modelar uma nova cultura organizacional ao longo dos últimos 2 anos. Com mais de 5.700 gestores e 220 mil servidores envolvidos, já desenvolveu atividades como workshops, conversas individuais, Jornadas de Cultura e trilhas online, contribuindo para a institucionalização da cultura desejada.
Já no Rio Grande do Sul, o “Projeto Envolver – Juntos pela Evolução do RS” deu início à terceira fase de seu processo de mudança da cultura organizacional, que visa aprimorar as capacidades dos servidores. Nesta etapa, as atividades buscam consolidar os direcionadores da cultura, promovendo a integração da equipe de governo, reavaliação dos propósitos das secretarias e desenvolvimento de lideranças.
As atividades no Estado são realizadas com a parceria do escritório de gerenciamento de pessoas, Betânia Tanure Associados, e categorizadas em: desenvolvimento de pessoas, cultura e equipes, alcançando times de governo, gestores, servidores e equipes de sustentação. Os resultados esperados incluem o fortalecimento das equipes, a integração das secretarias, disseminação dos direcionadores da cultura, fortalecimento dos gestores como líderes culturais e a promoção de trocas de experiências entre servidores e gestores.
4 – Ampliação do programa de gestão compartilhada da educação para melhorar a qualidade do ensino em Minas Gerais (Projeto Somar)
O Projeto Somar é uma iniciativa que prevê a gestão compartilhada de escolas (forma de gestão que envolve a participação de diversos atores, como governo, organizações da sociedade civil, famílias e comunidade escolar) para que, a partir do engajamento de todos esses participantes, seja possível melhorar a qualidade de ensino no Estado.
Atualmente, a iniciativa, que vem sendo implementada em caráter experimental, conta com a participação de três escolas, todas geridas pela Associação Ceteb (Centro de Educação Tecnológica do Estado da Bahia), e cerca de 1800 alunos atendidos. Dentre os resultados já alcançados, pode-se destacar um aumento da participação nas avaliações da rede, bem como elevação em três vezes da frequência escolar.
Com resultados promissores já alcançados, a proposta agora é expandir o Projeto Somar em 2024, visando abranger um total de 50 escolas de ensino médio. A ideia é que a ampliação da iniciativa seja realizada por meio de parcerias estabelecidas com organizações da sociedade civil, reforçando o compromisso com uma abordagem colaborativa e multifacetada na melhoria da qualidade da educação.
5 – Mapeamento de vulnerabilidades sociais para a criação de políticas transversais de enfrentamento à pobreza em Minas Gerais
Em junho, a Secretaria de Desenvolvimento Social de Minas Gerais (SEDESE) deu início a um projeto de mapeamento, realizado em parceria com o instituto de pesquisa DataFavela, com vistas a entender as necessidades das pessoas em situação de vulnerabilidade social em zonas urbanas do Estado.
O objetivo da iniciativa foi construir uma visão abrangente dos desafios enfrentados pela população em situação de vulnerabilidade. A análise foi baseada em dados e insights obtidos por meio de uma pesquisa qualitativa, que contou com entrevistas e pesquisas de campo com cidadãos e servidores de equipamentos públicos entre 26 e 60 anos.
Ao todo, sete cidades mineiras foram selecionadas para o projeto (Belo Horizonte, Santa Luzia, Montes Claros, Januária, Uberlândia, Juiz de Fora e São Francisco), a fim de aprimorar as políticas direcionadas a esse grupo e romper o ciclo de pobreza no Estado.
Dentre os dados analisados por território, destacam-se informações sobre gênero, vulnerabilidade social, demandas relacionadas à saúde, transporte e ausência de infraestrutura. A pesquisa também abordou, de maneira substancial, questões vinculadas à relação de trabalho e à busca por empregos.
Os insights provenientes dessa pesquisa já estão servindo de base para as ações e propostas do governo, o que inclui a implementação de programas voltados para a geração de renda e qualificação profissional, além de iniciativas visando à melhoria do acesso à habitação digna e à segurança alimentar.
6 – Gestão por resultados para mais eficiência na prefeitura do Recife (PE)
A iniciativa focou em desenvolver e aplicar um modelo formativo de Objetivos e Resultados Chave (OKRs) e Indicadores Chave de Desempenho (KPIs) em duas secretarias municipais, especificamente as secretarias de Educação e a de Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Juventude e Políticas sobre Drogas no Recife.
A ação teve metas focadas em melhorar a qualidade de vida dos cidadãos do município, abrangendo áreas como igualdade de oportunidades, transparência governamental, qualidade dos serviços e eficiência no uso de recursos públicos. O projeto serviu como um piloto, que deverá ser replicado em todas as pastas da Prefeitura, buscando o alinhamento e engajamento em objetivos estratégicos comuns.
O projeto apoiou a implementação do planejamento estratégico “Rota do Futuro”, evidenciando o compromisso contínuo da administração com a cultura de resultados, mesmo que para futuras gestões. Ao todo, foram definidas 14 metas, desdobradas em um plano de ação.
7 – Urbanismo social em São Paulo (SP) para reduzir desigualdades em comunidades vulneráveis
O projeto, que conta com o apoio técnico dos arquitetos e urbanistas Lucas Bueno e Lara Nakazone, tem o objetivo de intervir estrategicamente em áreas de alta vulnerabilidade, concentrando esforços em quatro territórios prioritários: Jardim Lapenna, Jardim Pantanal, Parque Novo Mundo e Pinheirinho D’água.
O foco do projeto está no desenvolvimento local e na melhoria da qualidade de vida dessas comunidades, com investimentos direcionados à infraestrutura, educação, saúde, cultura e lazer, especialmente para crianças e adolescentes. Os Centros Educacionais Unificados (CEUs), presentes nessas regiões periféricas, serão peças-chave para o atingimento do objetivo, proporcionando educação infantil e fundamental, bem como práticas esportivas e culturais.
Ao todo, serão impactados 46 CEUs na capital paulista, frequentados por mais de 120 mil alunos.
8 – Redução da mortalidade e morbidade do câncer em Santos (SP)
O município de Santos deu início a uma nova parceria voltada para a saúde. Dessa vez, a cidade do litoral paulista busca melhorar o atendimento oncológico aos pacientes de sua rede a partir de uma colaboração com o renomado instituto oncológico, A.C. Camargo Cancer Center, um dos mais importantes do mundo, visando reduzir a incidência, a prevalência e a letalidade do câncer no território.
A parceria entre a Comunitas e o A.C. Camargo para o projeto “Missão A.C. Camargo”, iniciada no ano passado, tem como objetivo melhorar o atendimento oncológico por meio de um diagnóstico completo da rede local. Utilizando pesquisas quantitativas e qualitativas em duas fases, o intuito é identificar oportunidades de aprimoramento e fortalecer a gestão dos serviços públicos de saúde, compreendendo a jornada do paciente e avaliando a disponibilidade de recursos especializados.
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